Empresário Artístico em Extinção? O Poder da Autogestão Musical
Empresário Artístico em Extinção? O Poder da Autogestão Musical

Empresário Artístico em Extinção? O Poder da Autogestão Musical

A ilusão de ser descoberto por um empresário artístico, que investirá um capital gigantesco em sua carreira, é um sonho comum entre muitos músicos iniciantes e até intermediários. Imaginar que um profissional verá seu talento no YouTube, patrocinará shows e garantirá a riqueza rápida é uma fantasia enraizada no imaginário popular da música. No entanto, a realidade da indústria musical mudou drasticamente, e com ela, o papel desse tão almejado profissional. Entender essa nova dinâmica é crucial para qualquer artista que busca prosperar na era digital, onde a Autogestão de Carreira Musical emerge como a chave para o sucesso.

A Extinção do Empresário Artístico Tradicional

O empresário artístico, como conhecíamos há uma ou duas décadas, é uma figura em processo de extinção. O mercado fonográfico passou por uma transformação radical, e o modelo de investimento massivo em talentos crus, sem validação prévia do público, tornou-se insustentável. No Brasil, por exemplo, estima-se que existam apenas cerca de mil empresários artísticos para uma demanda gigantesca de novos talentos e bandas que surgem a todo momento. Essa desproporção já indica a dificuldade de encontrar esse tipo de suporte tradicional.

Antigamente, a sistemática era clara: o empresário injetava um capital significativo para “empresariar” um artista. Esse investimento cobria desde publicidade e shows até a construção da imagem e personalização do artista. Eram cifras altas, frequentemente na casa dos sete dígitos, um valor considerável para apostar em um talento. Contudo, relatos de empresários mostram que muitas dessas apostas resultaram em perdas financeiras colossais. Investiram milhões em artistas com grande potencial, mas que, por algum motivo, não caíram no gosto do público, gerando prejuízo e desestimulando novos investimentos de risco.

Essa mudança de cenário significa que o risco do investimento deixou de ser um peso exclusivo do empresário artístico. A mentalidade atual é que o artista precisa demonstrar sua viabilidade de mercado antes de atrair grandes investidores. A indústria busca segurança, e a segurança, hoje, vem do engajamento e da resposta do público.

O Poder da Autogestão de Carreira Musical

Diante desse novo panorama, a solução mais eficaz e realista para artistas é a Autogestão de Carreira Musical. Isso significa que o próprio músico assume as rédeas de sua trajetória, utilizando as ferramentas disponíveis para construir sua base de fãs e sua marca. Mecanismos como o registro da sua música em plataformas adequadas (como bases de dados de órgãos de direitos autorais como o ECAD, ou sites de registro de composições) são fundamentais para proteger seu trabalho e expô-lo a potenciais interessados.

Empresário Artístico em Extinção? O Poder da Autogestão Musical

A grande força motriz na carreira de um artista, especialmente no Brasil, é o público brasileiro. Quando um artista consegue tocar o coração das pessoas, criar uma identificação, e gerar um movimento orgânico de apoio, ele começa a se destacar. É essa a “prova social” que o mercado busca. Observamos muitos artistas que começam a despontar na mídia, e a assessoria deles muitas vezes os encontra justamente porque sua obra já estava registrada e acessível, além de já estarem conquistando sua audiência.

O empresário artístico moderno, ciente dos riscos e das novas dinâmicas, adota uma postura diferente. Ele não investe mais em uma “promessa” sem base. Pelo contrário, ele busca talentos que já estão em ascensão, que já possuem um público cativo e uma alta exposição no mercado. Se você já tem mil, cinco mil, dez mil pessoas te seguindo, comparecendo aos seus shows e interagindo com seu trabalho, o risco para o empresário artístico é drasticamente reduzido. Você já é um “produto” validado, e o investimento se torna uma aceleração de algo que já está acontecendo, não uma aposta no escuro.

Estratégias para uma Autogestão Artística Eficiente

Para ter sucesso na Autogestão Artística, é preciso adotar uma série de estratégias. Em primeiro lugar, a formalização de sua obra é imprescindível. Registre suas músicas, garanta sua carteirinha de compositor, e explore plataformas que facilitam a gestão de direitos autorais. Isso não apenas protege seu trabalho, mas também o torna visível para profissionais da indústria.

Além disso, foque em construir uma conexão genuína com seu público. Crie conteúdo relevante, interaja nas redes sociais, e utilize as plataformas digitais para divulgar sua música. O objetivo é criar uma identificação tão forte que as pessoas se tornem fiéis ao seu trabalho. Considere também a possibilidade de ter um trabalho paralelo no início de sua carreira. A renda extra pode ser reinvestida em equipamentos, cursos, produção de material e outras necessidades que impulsionarão seu desenvolvimento musical e sua marca pessoal.

Acredite no seu talento e não desista. A jornada do artista independente pode ser desafiadora, mas a recompensa de ver seu trabalho crescer, impulsionado pelo seu próprio esforço e pelo apoio do público, é imensa. A Autogestão de Carreira Musical não é apenas uma alternativa; é a realidade para a maioria dos artistas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar no dinâmico e competitivo cenário musical contemporâneo.

Portanto, o “grande lance” do momento não é esperar por um empresário artístico milagroso, mas sim se tornar seu próprio agente de sucesso. É você quem constrói a base, atrai o público e gera a demanda. Ao seguir os princípios da Autogestão de Carreira Musical, você não só maximiza suas chances de alcançar o gosto popular, mas também se posiciona como um investimento de baixo risco para potenciais empresários que, eventualmente, buscarão alavancar sua carreira já em ascensão. O poder está em suas mãos.

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