Daphne Oram: A Mulher que Moldou os Home Studios Modernos

Imagine uma época em que a música e o mundo espiritual se entrelaçaram de uma maneira surpreendente. Estamos falando da Segunda Guerra Mundial, um momento de grande incerteza e perda para milhões de pessoas.

Foi nesse cenário que uma médium chamada Leslie Flint entrou em cena, trazendo consigo mensagens do além. Uma dessas mensagens foi dirigida a uma jovem chamada Daphne Oram, que aos 16 anos sonhava em se tornar enfermeira.

Mas esse encontro mudou completamente o rumo de sua vida. A freira, através de Flint, sugeriu que Daphne deveria estudar música para um grande músico do além. E assim começou a jornada de Daphne no mundo da música.

Desde os dez anos, ela já sonhava em criar um instrumento único, capaz de produzir sons que desafiassem a imaginação. Essa paixão pela música era evidente em sua casa.

A influência da freira foi poderosa, levando Daphne a abandonar a ideia de se tornar enfermeira. Na BBC, onde começou a trabalhar, sua criatividade musical se destacou.

Ela não só ajudava a garantir que a música continuasse tocando em caso de emergência, como também se envolvia cada vez mais na produção de rádio.

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Daphne tinha um sonho: criar um instrumento extraordinário. E em 1949, ela apresentou ao mundo sua obra-prima, o 'Still Point', uma mistura complexa de orquestras, eletrônicos e toca-discos duplos.

Infelizmente, naquela época, a inovação de Daphne era vista como algo à frente de seu tempo, e o 'Still Point' foi rejeitado pela BBC. Mas isso não a desanimou. Ela foi promovida a gerente de estúdio, provando seu talento.

Em 1959, Daphne deu um passo corajoso e montou seu próprio estúdio em casa. Foi lá que ela inventou o Oramics, um dispositivo que permitia desenhar músicas. Essa invenção revolucionou a criação musical.

O legado de Daphne vai além da máquina que criou. Sua exposição em 1959 desencadeou uma cultura de experimentação sonora em estúdios caseiros. Ela se tornou uma espécie de cientista secreta da música, explorando novas fronteiras.

Daphne também fundou a Oficina Radiofónica, abrindo portas para músicos que não tinham espaço em orquestras tradicionais. Ela enxergava um mundo onde a composição não estava limitada pela execução.

Apesar de seu impacto, Daphne foi sub-reconhecida por ser mulher. Somente em 2018, 15 anos após sua morte, seu trabalho foi celebrado na BBC. Daphne Oram foi uma verdadeira pioneira, uma visionária que desafiou barreiras e iluminou o caminho para músicos independentes.

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