M-Audio M-Track Solo- Vale a Pena Comprar uma Interface de Áudio de 16 Bits em 2025_
M-Audio M-Track Solo- Vale a Pena Comprar uma Interface de Áudio de 16 Bits em 2025_

M-Audio M-Track Solo: Vale a Pena Comprar uma Interface de Áudio de 16 Bits em 2025?

Se você está começando no mundo da produção musical e procura uma interface de áudio barata, compatível com Windows e com bom desempenho básico, certamente já se deparou com a M-Audio M-Track Solo. Custando cerca de R$ 425, ela se destaca como a interface com driver nativo para Windows mais barata disponível no Brasil. Mas será que ela vale a pena?

Neste artigo, vamos analisar os principais aspectos da M-Track Solo, com destaque para sua resolução de 16 bits e taxa de amostragem de 48 kHz — ponto que levanta muitas dúvidas entre músicos e produtores iniciantes.

O que significa uma interface de áudio de 16 bits?

Antes de tudo, é importante entender o que resolução de 16 bits significa na prática. Trata-se da quantidade de informações que a interface consegue capturar e converter em dados digitais a cada amostra de áudio. Em termos simples:

M-Audio M-Track Solo- Vale a Pena Comprar uma Interface de Áudio de 16 Bits em 2025_
  • 16 bits oferecem uma faixa dinâmica de cerca de 96 dB, o que já é suficiente para a maioria das aplicações domésticas.
  • 24 bits, mais comum em interfaces modernas, oferecem até 144 dB de faixa dinâmica, ideal para produções mais detalhadas e com maior fidelidade.

Mas será que os 16 bits da M-Track Solo são realmente um problema?

A resposta depende do seu uso:

  • Para gravações simples de voz, violão, podcasts e estudos, os 16 bits são mais do que suficientes.
  • ⚠️ Para gravações profissionais, com nuances sutis, como em música clássica ou trilhas de cinema, você sentirá falta dos 24 bits.

Principais Características Técnicas da M-Audio M-Track Solo

A M-Track Solo é uma interface de entrada feita para ser acessível e funcional. Veja seus principais recursos:

  • Resolução: 16 bits / 48 kHz
  • Entradas:
    • 1 combo XLR/linha com Phantom Power (canal 1)
    • 1 entrada P10 (linha/instrumento) (canal 2)
  • Saídas: RCA estéreo + saída de fone
  • Monitoração direta: Simples, sem controle de volume separado
  • Conexão: USB-B (alimentação e transmissão de dados)
  • Driver nativo para Windows (diferencial competitivo)

Pontos Positivos da M-Track Solo

🎧 Baixa latência e desempenho surpreendente

Mesmo sendo uma interface de entrada, a M-Track Solo entrega uma latência de aproximadamente 7ms, valor considerado satisfatório para gravações em tempo real, principalmente em home studios.

🔊 Pré-amplificador do canal 1 com bom som

O canal 1, com entrada combo e Phantom Power, entrega um som mais limpo, aberto e com menos ruído do que o canal 2. Se você pretende gravar com microfones condensadores, esse canal pode te surpreender.

💻 Driver nativo para Windows

Diferente de muitas interfaces baratas que dependem do driver genérico ASIO4ALL, a M-Track Solo possui driver oficial e dedicado para Windows, o que garante mais estabilidade e integração com DAWs populares como Reaper, FL Studio e Ableton Live.

Limitações e Cuidados na M-Track Solo

⚠️ Qualidade inferior no canal 2

O segundo canal apresenta uma qualidade sonora mais limitada, com menor ganho e mais ruído. Ele funciona bem para guitarras ou baixos, mas não é ideal para gravações críticas.

🔌 Ruído residual e interferência

Testes apontam a presença de ruído senoidal perceptível em silêncios, que some ao ligar/desligar o Phantom Power. Esse ruído pode incomodar gravações sensíveis, especialmente em ambientes silenciosos ou com microfones de alta captação.

🎚️ Saída RCA e monitoração direta limitada

  • Não há controle individual de volume para a monitoração direta, o que dificulta o ajuste fino do retorno durante a gravação.
  • As saídas RCA são menos robustas do que saídas balanceadas, podendo sofrer com interferências dependendo do ambiente.

🎧 Problemas com fones de baixa impedância

A saída de fone distorce em volumes altos, principalmente com fones mais exigentes. Isso limita seu uso em ambientes com muita exigência de monitoração.

Software incluso: básico e datado

O pacote de softwares que acompanha a M-Track Solo é limitado e composto por versões antigas ou em modo de avaliação (trial). Apesar disso, hoje há várias opções gratuitas e boas no mercado, como:

  • Cakewalk by BandLab
  • Tracktion T7
  • Audacity
  • Reaper (uso gratuito por tempo indeterminado em modo trial ético)

Mac x Windows: diferenças na experiência

  • No Windows, o driver dedicado faz toda a diferença e garante boa performance.
  • No Mac, a interface funciona via sistema class compliant, ou seja, sem driver. Isso facilita a instalação, mas remove opções de controle que o driver no Windows oferece.

Essa diferença é relevante na escolha, principalmente se você usa Windows e quer evitar problemas com ASIO4ALL.

Vale a pena investir na M-Track Solo?

A resposta curta: sim, para iniciantes com orçamento limitado.

Se você está começando e precisa de uma interface barata, funcional e com suporte razoável, a M-Track Solo é uma boa escolha — desde que você tenha consciência de suas limitações.

No entanto, se você pode investir um pouco mais, existem opções com melhores conversores AD/DA, pré-amplificadores mais limpos e recursos extras como a Behringer UMC202HD, Focusrite Scarlett Solo ou mesas com interface embutida, como algumas da Yamaha.

Dica extra: o que faz a maior diferença na produção?

O próprio review destaca: mais importante do que o equipamento é o conhecimento do usuário. Saber gravar corretamente, controlar o ganho, aplicar efeitos e mixar é o que realmente transforma o som.

💡 Invista em conhecimento!

Além do equipamento, vale a pena investir em:

  • Cursos de produção musical
  • Tutoriais no YouTube
  • Softwares de apoio, como o Lender Studio

Esses recursos ajudam você a extrair o máximo de qualquer interface, inclusive da M-Track Solo.

A M-Audio M-Track Solo é uma porta de entrada funcional e surpreendente

Seu baixo custo, aliada ao driver dedicado para Windows, a torna ideal para quem busca o essencial sem gastar muito.

Mas atenção: para crescer na produção musical, será preciso investir em melhores equipamentos no futuro e, acima de tudo, em conhecimento e prática.

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