Billie Eilish voltou a ser o centro das atenções nas redes sociais nesta quinta-feira, ao direcionar críticas contundentes a Elon Musk. Em uma série de stories no Instagram, a cantora não poupou palavras, sugerindo que o bilionário deveria usar sua vasta fortuna para ajudar a resolver a fome mundial e outras graves crises. As declarações surgem semanas depois de seus comentários sobre a responsabilidade dos bilionários terem viralizado globalmente.
Eilish classificou Musk como um “covarde patético de m****” em sua conta. A explosão ocorreu após a artista compartilhar diversas publicações da organização feminista europeia My Voice, My Choice. Essas postagens apresentavam sugestões concretas de como Musk poderia empregar sua riqueza para beneficiar a humanidade.
A Crítica Explícita e os Motivos
A cantora repostou um slide que indicava que Musk tem fortuna suficiente para destinar 40 bilhões de dólares por ano para erradicar a fome mundial até 2030. Essa estimativa, aparentemente, refere-se a dados do Programa Mundial de Alimentos da ONU. A organização aponta que tal montante poderia socorrer mais de 41 milhões de pessoas “à beira da fome”.
Mas as sugestões não pararam por aí. Billie Eilish compartilhou outro slide destacando que Musk poderia investir bilhões para salvar espécies ameaçadas de extinção. Em outra postagem, ela citou uma estatística da ONU que estima que 70 bilhões de dólares poderiam ajudar a reconstruir Gaza. A região enfrenta uma destruição massiva após o conflito entre Israel e Hamas.
Curiosamente, Eilish também repostou uma imagem que rotulava Musk incorretamente como um trilionário. Segundo estimativas da Forbes, sua fortuna atual é um pouco menos da metade disso. No entanto, a imagem provavelmente fazia alusão a um pacote de remuneração de 1 trilhão de dólares aprovado pelos acionistas da Tesla. Esse pacote poderia, eventualmente, transformá-lo em trilionário dentro de uma década, caso certas condições sejam cumpridas.
Bilionários na Mira: O Apelo Viral de Billie Eilish
As recentes críticas a Musk ecoam uma postura que Billie Eilish vem adotando publicamente. Em 29 de outubro, durante a premiação Music Innovator Award no WSJ Magazine Innovator Awards, a cantora já havia feito um apelo direto aos bilionários. Ela os incitou a doar parte de seu dinheiro.
Na ocasião, Billie Eilish declarou: “Amo todos vocês, mas há algumas pessoas aqui que têm muito mais dinheiro do que eu. Se você é um bilionário, por que você é um bilionário? Sem ódio, mas doem seu dinheiro, baixinhos.” Entre os presentes na plateia estavam o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, com uma fortuna estimada em 208 bilhões de dólares, e o criador de “Star Wars”, George Lucas, com 5,2 bilhões de dólares.
No mesmo evento, o apresentador Stephen Colbert introduziu Eilish e anunciou uma iniciativa notável da cantora. Ela doaria 11,5 milhões de dólares em lucros de sua turnê mais recente. O valor seria destinado a “apoiar organizações, projetos e vozes dedicadas à equidade alimentar, justiça climática, redução da poluição de carbono e combate à crise climática“.
Os comentários de Eilish viralizaram rapidamente, gerando tanto elogios quanto críticas. Alguns observaram que Zuckerberg, por exemplo, já doou 5 bilhões de dólares para caridade, de acordo com a Forbes. A Senadora Elizabeth Warren (D-Mass.) apoiou a fala de Eilish, afirmando que a pergunta “por que as pessoas são bilionárias” é a “pergunta certa”. Ela acrescentou que “ninguém neste país ficou rico sozinho” e que os bilionários deveriam “pagar sua parte justa“.
Vozes em Apoio e Controvérsia Contínua
A postura de Billie Eilish reacende um debate importante sobre a distribuição de riqueza e a responsabilidade social dos super-ricos. Suas palavras, carregadas de emoção e urgência, colocam em xeque a acumulação extrema de capital em um mundo assolado por crises humanitárias e ambientais. A discussão, que envolve figuras públicas, políticos e a sociedade em geral, parece estar longe de um consenso.
As críticas da cantora, sejam elas vistas como provocação ou como um chamado à ação, sem dúvida contribuem para manter viva a conversa sobre como os recursos poderiam ser melhor utilizados para enfrentar os desafios globais mais prementes. A questão central permanece: qual é o papel dos bilionários na solução dos problemas do mundo?







