O Metallica, uma força inquestionável no universo do heavy metal, tem sido a trilha sonora de gerações. Por mais de quatro décadas, eles incendiaram palcos, venderam milhões de álbuns e definiram o thrash metal. Mas por trás de todo o sucesso, há uma faceta menos explorada: as bandas com as quais o Metallica simplesmente se recusou a fazer turnê. Por que gigantes como eles fariam isso? Seriam colisões criativas, antigas rivalidades ou apenas uma questão de “vibrações” incompatíveis? Vamos mergulhar nas histórias das 10 bandas que o Metallica recusou turnê e desvendar os mistérios por trás dessas decisões.
Bastidores da Recusa: Choques de Estilo e Personalidade
Nossa contagem regressiva começa com surpresas e algumas escolhas bem lógicas. As motivações do Metallica para evitar certas parcerias de turnê revelam muito sobre a identidade da banda e seu cuidado com a imagem e o público.
O Contraste Sonoro e a Visão Artística
10. The Offspring: Na década de 90, enquanto o álbum “Smash” do The Offspring explodia, o Metallica, impulsionado pelo sucesso do “Black Album”, buscava um som mais mainstream. O baterista Lars Ulrich teria sentido que a energia skate punk do The Offspring não se alinhava com a imagem mais séria do Metallica. Além disso, as letras sarcásticas do Offspring contrastavam com os hinos introspectivos do Metallica, tornando a combinação improvável.
9. Limp Bizkit: Os pioneiros do nu-metal dominaram o final dos anos 90 e início dos 2000. Mas a autenticidade e a crueza do Metallica sempre se chocaram com o estilo mais teatral e “frat boy” de Fred Durst. James Hetfield chegou a sugerir que algumas bandas nu-metal focavam mais no “valor de choque” do que na substância, e o histórico do Limp Bizkit em eventos como Woodstock ’99 provavelmente não ajudou na reputação de parceiro de turnê confiável.
8. Nickelback: Nos anos 2000, enquanto o Nickelback conquistava o rádio com hits polidos, o Metallica enfrentava a recepção mista de “St. Anger”. Unir-se a uma banda que muitos metalheads consideravam “vendida” seria um pesadelo de relações públicas para o Metallica. Eles sempre se orgulharam de sua raiz metal, e um alinhamento com o som “radio friendly” do Nickelback simplesmente não fazia sentido culturalmente, evitando memes e críticas na internet.
7. Creed: Os gigantes do post-grunge, com suas letras emocionais e vocais dramáticos de Scott Stapp, também não encontraram um lugar ao lado do Metallica. Em meados dos anos 90, Lars Ulrich expressou frustração com bandas que buscavam o apelo mainstream. O Creed, com seu sucesso comercial avassalador, poderia ter sido visto como excessivamente comercial para o gosto do Metallica, que, apesar de experimentar com “Load” e “Reload”, queria manter sua essência mais pesada e agressiva.
6. Linkin Park: Mesmo sendo influenciados pelo Metallica, os “kings” do nu-metal não compartilharam o palco em uma turnê completa. A fusão de rap, eletrônica e metal do Linkin Park, embora massiva, divergia da ética tradicional do metal do Metallica. James Hetfield, em 2008, elogiou bandas mais jovens, mas reafirmou o foco do Metallica em suas raízes thrash. Com ambos sendo headliners, a logística e a busca por redefinir suas identidades de gênero tornaram uma turnê conjunta uma aposta incerta.
Rivalidades, Conflitos e Lições do Passado
5. Korn: Os “inventores” do nu-metal eram gigantes no final dos anos 90, mas uma turnê com o Metallica nunca aconteceu, apesar de compartilharem alguns festivais. O som mais sombrio e experimental do Korn, com suas guitarras downtunadas e letras viscerais, não se encaixava na abordagem mais polida e thrash do Metallica. Kirk Hammett, em 1999, mencionou que o Metallica preferia turnês com bandas que compartilhavam sua energia ao vivo, e o estilo mais cadenciado do Korn poderia ter sido um desajuste.
4. Guns N’ Roses: Esta pode ser a mais surpreendente. Eles fizeram turnê juntos em 1992, mas foi um desastre. James Hetfield sofreu queimaduras graves, Axl Rose atrasava ou cancelava shows, e a turnê foi marcada por tumultos e caos. Lars Ulrich descreveu a experiência como “frustrante”. Apesar de serem musicalmente compatíveis e ambos serem enormes, a imprevisibilidade do Guns N’ Roses não combinava com a abordagem disciplinada do Metallica. Uma experiência caótica foi suficiente.
3. Megadeth: A história aqui é complexa. Dave Mustaine, ex-guitarrista do Metallica, foi demitido em 1983 e formou o Megadeth, tornando-se um dos maiores rivais da banda. Embora tenham compartilhado o palco nos shows do “Big Four”, uma turnê completa nunca ocorreu. A tensão entre Mustaine e o Metallica persiste, e James Hetfield expressou o desejo de manter distância para evitar atritos. Uma turnê conjunta poderia facilmente se transformar em uma “competição de egos”, algo que o Metallica sempre evitou para proteger seu status.
2. Kiss: As lendas do glam rock, conhecidas por seu espetáculo teatral e maquiagens icônicas, eram o oposto do que o Metallica representava em seus primórdios. Lars Ulrich chegou a criticar o glam metal como “falso” em 1986, priorizando a musicalidade bruta acima da imagem exagerada. Nos anos seguintes, o estilo “campy” do Kiss simplesmente não se alinhava com a vibe “working class” do Metallica. Uma turnê seria um pesadelo logístico e um risco para a base de fãs do Metallica, que poderia ver a parceria como uma traição aos seus valores metal.
1. Slipknot: Duas das maiores bandas de metal do planeta, mas nunca uma turnê conjunta. Por quê? É uma questão de intensidade e controle. Os shows do Slipknot são puro caos, uma força descontrolada com nove membros mascarados. Os shows do Metallica, embora intensos, são rigidamente controlados e focados na precisão. Corey Taylor, vocalista do Slipknot, reconheceu que suas abordagens ao vivo são “mundos à parte”. Ambos são headliners e têm públicos com expectativas distintas, tornando a parceria um risco em termos de aliança estratégica e logística.
As escolhas de turnê do Metallica são mais do que apenas preferências musicais; elas são uma declaração de identidade, um reflexo de seus valores e uma estratégia para preservar seu legado. Desde incompatibilidades de estilo até rivalidades antigas, cada recusa ajudou a moldar o Metallica na banda lendária que conhecemos hoje. Quais dessas recusas mais te surpreenderam? Você acha que o Metallica acertou em suas decisões?






