Jon Bon Jovi, o carismático líder da banda Bon Jovi, é um nome que dispensa apresentações no universo do rock. Com uma carreira que se estende por décadas, ele vendeu mais de 150 milhões de discos globalmente e foi merecidamente introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 2018. Sua trajetória é um exemplo de sucesso e longevidade na indústria musical.
No entanto, nem sempre foi glamour e multidões ensandecidas para o artista. Recentemente, Jon Bon Jovi surpreendeu fãs e admiradores ao revelar um detalhe bastante curioso e humilde de seus primeiros passos na música: o valor de seu primeiro contrato de gravação.
A revelação veio à tona através de uma postagem em seu Instagram, onde o cantor compartilhou uma imagem do documento assinado em 1980. Longe dos palcos grandiosos e da fama que viria a conquistar, seus primeiros “serviços” como músico foram para um projeto bastante… inusitado.
O Início Inesperado: Um Contrato Galáctico
O contrato, datado de 1980, era para um álbum de férias intitulado “Christmas in the Stars” – o álbum de Natal de Star Wars. Sim, você leu certo. Antes de embalar o mundo com hinos como “Livin’ on a Prayer”, Jon Bon Jovi estava emprestTando sua voz a uma produção temática de uma galáxia muito, muito distante.
O documento, assinado pelo renomado produtor musical Meco Monardo, especificava o pagamento por “serviços em conexão com um álbum de Natal provisoriamente intitulado ‘Christmas In The Stars’ produzido pelo signatário em nome da RSO Records Inc.”
E o valor? Em caneta vermelha, rabiscado no contrato, a quantia que o futuro astro mundial recebeu por sua participação era de singelos $180. Para completar a surpresa, o contrato também estabelecia que Jon Bon Jovi renunciava a qualquer direito sobre royalties do álbum.
Na legenda de sua postagem, o cantor brincou: “Primeiro contrato de todos os tempos, em 1980, sempre divertido encontrar essas coisas… Sem dúvida, está online em algum lugar.” E de fato, a internet já havia descoberto essa joia há algum tempo, mas a confirmação direta do artista trouxe um novo brilho à história.
O álbum foi lançado naquele mesmo ano, contando com a narração e os vocais do ator Anthony Daniels, a voz de C-3PO. Jon Bon Jovi aparece em uma faixa com um título cômico: “R2-D2 We Wish You a Merry Christmas”. É difícil imaginar o jovem Jon, antes de sua ascensão meteórica, cantando para um droid.
De “Gopher” a Estrela: A História por Trás do Contrato
Como, afinal, um jovem aspirante a roqueiro acabou cantando em um álbum de Natal de Star Wars? Jon Bon Jovi elaborou sobre essa ocorrência fortuita em 2024, durante um episódio do programa “Jimmy Kimmel Live”.
“Eu era um ‘gopher’ (ajudante geral/mensageiro) em um estúdio de gravação do outono de 1980 até 83, quando fizemos o primeiro disco”, compartilhou ele, revelando a rotina humilde que precedeu o sucesso estrondoso.
Foi nesse período que ele cruzou caminho com Meco Monardo, que estava explorando a febre de Star Wars produzindo discos “tributo”. Meco estava gravando uma música com a ideia de parecer um “menino jovem” cantando, mas o resultado não era o esperado. “Soava como um velho fingindo ser um menino jovem”, lembrou Bon Jovi.
Então, Meco perguntou: “Jovem, você consegue cantar?”. A resposta de Bon Jovi foi confiante: “É o que você sabe… sim, acho que consigo.” A oferta veio em seguida: “Vá lá dentro e, se quiser fazer isso, paga $183.” Embora sua estimativa do valor na entrevista tenha sido um pouco diferente dos $180 rabiscados no contrato, a essência da história permanece verdadeira e cativante.
Essa experiência, por mais pequena e improvável que pareça, foi um dos primeiros passos de Jon Bon Jovi na indústria da música. Aquele “gopher” que recebeu uma pequena quantia e abriu mão de seus direitos, viria a se tornar um dos nomes mais icônicos do rock, provando que grandes jornadas muitas vezes começam com oportunidades inesperadas e pagamentos modestos.
A história do contrato de $180 e zero royalties para um álbum de Star Wars serve como um lembrete inspirador de que o caminho para o estrelato raramente é uma linha reta. É repleto de reviravoltas, decisões curiosas e, muitas vezes, começos surpreendentemente modestos. A persistência e o talento de Jon Bon Jovi, desde aquele primeiro microfone até os estádios lotados, são um testamento do que é possível alcançar.
