Em uma declaração que certamente reverberou no mundo do rock, o renomado produtor Bob Rock, figura essencial na discografia do Metallica, não poupou elogios a Lars Ulrich, o baterista da icônica banda. Segundo Rock, Ulrich não é apenas um baterista, mas um “gênio” que merece seu lugar ao lado dos mais lendários nomes da bateria na história do rock e metal. Essa afirmação reacende debates e valoriza a contribuição única de Lars para a sonoridade característica do Metallica.
A análise de Rock sobre a genialidade de Ulrich vai além da técnica convencional, focando na sua capacidade de criar um som que se integra perfeitamente com a dinâmica da banda, em especial com o riff de guitarra de James Hetfield. Essa perspectiva oferece uma nova lente para entender o impacto de Lars Ulrich, que muitas vezes é alvo de críticas. Bob Rock, com sua experiência de décadas, oferece um testemunho poderoso sobre o verdadeiro valor do baterista.
O Retorno de Bob Rock aos Shows do Metallica e a Emoção
Bob Rock é uma figura inesquecível para os fãs do Metallica, tendo produzido alguns dos álbuns mais importantes da banda, começando com o emblemático “Black Album” de 1991 e estendendo-se até “St. Anger” em 2003. Durante seu período com o Metallica, a banda passou por uma notável transformação em seu som, evoluindo do thrash metal puro para uma abordagem mais voltada ao groove. Esse período marcou uma era decisiva para o grupo e para o próprio produtor.
Após quase 15 anos sem ver o Metallica tocar ao vivo, Bob Rock teve a oportunidade de assistir a um dos shows da banda em 2023, no So-Fi Stadium em Inglewood, Califórnia. A experiência foi tão impactante que ele se emocionou profundamente. Em uma recente aparição no programa “The Metallica Report”, Rock descreveu como ficou impressionado ao ver Lars Ulrich totalmente “no tempo”, com uma performance que o deixou maravilhado. Ele relembrou os tempos em que o Metallica buscava “um groove” para o Black Album, e ver Lars executando isso com maestria ao vivo foi um momento de revelação. “Quando eu vi Lars, quando eu vi o ‘pocket’, eu quase chorei”, explicou Rock, enfatizando a habilidade de Lars em manter o ritmo e a coesão da banda.
A Genialidade de Lars Ulrich na Bateria, Segundo Bob Rock
A entrevista de Bob Rock no “The Metallica Report”, que foi ao ar em 6 de agosto, não poupou elogios a Lars Ulrich. Para o produtor, o estilo de Ulrich é intrinsecamente ligado à música do Metallica. “Lars toca para James. Seus fills são os riffs de James”, afirmou Rock, desenhando um paralelo entre a dinâmica de Ulrich e Hetfield com outras parcerias lendárias do rock. Essa interconexão entre bateria e guitarra é, para Rock, o cerne da genialidade de Lars.
Rock exemplificou essa conexão ao lembrar-se do demo de “Sad But True”, onde ele notou similaridades com “When the Levee Breaks” do Led Zeppelin. Essa percepção surgiu justamente pela forma como Ulrich acompanhava James Hetfield, remetendo a grandes duplas musicais. “Keith Moon tocava para (Pete) Townshend. John Bonham tocava para (Jimmy) Page”, comparou Rock, colocando Lars no mesmo patamar de mestres que moldaram o som de suas respectivas bandas. Essa abordagem, que para Rock é o estilo único de Lars Ulrich, defende o baterista das críticas injustificadas que ele recebeu por sua performance nos álbuns do Metallica dos anos 90 e 2000. “Esse é o estilo dele. Se ele só tocasse ‘bum-tá’, não seria Metallica. Então, eu acho que ele é um gênio, para ser bem honesto”, concluiu Rock.
A Influência de John Bonham em Lars Ulrich
A admiração de Lars Ulrich por John Bonham, o icônico baterista do Led Zeppelin, é amplamente conhecida e documentada. Essa conexão não é apenas uma casualidade, mas uma profunda fonte de inspiração para Ulrich, que frequentemente cita Bonham como uma de suas maiores influências. Em um episódio de 2021 do “Howard Stern Show”, Ulrich foi solicitado a listar seus maiores bateristas de todos os tempos, e Bonham estava no topo dessa lista, reafirmando sua reverência.
Ulrich explicou a Stern e Robin Quivers a magia por trás de Bonham, citando justamente a música “When the Levee Breaks”, que Bob Rock também mencionou. “Você mencionou ‘When the Levee Breaks’, isso é Bonham clássico”, disse Ulrich. “A bateria é grande, trovejante, ambiente. Ele está um pouco atrasado na caixa. E tem aquele groove. Ele está ‘no tempo'”. Essa descrição detalhada de Ulrich sobre a técnica de Bonham revela como ele mesmo busca incorporar essa sensibilidade rítmica em seu próprio estilo.
A admiração mútua e as comparações feitas por Bob Rock solidificam a posição de Lars Ulrich como um baterista de rara inteligência musical, capaz de criar um som que é, inegavelmente, a essência do Metallica. Se você é um fã de bateria e quer saber mais sobre a vida e o legado de John Bonham, considerado um dos maiores bateristas da história, vale a pena aprofundar-se em sua trajetória para entender por que sua influência é tão duradoura.
As palavras de Bob Rock não apenas defendem Lars Ulrich das críticas, mas o elevam a um patamar de gênio, um arquiteto do som do Metallica, ao lado de ícones da bateria. Sua habilidade em se integrar com a guitarra de James Hetfield, criando um groove e uma identidade sonora inconfundível, é o que o distingue. A paixão e o conhecimento de Rock sobre o trabalho de Ulrich oferecem uma nova perspectiva, confirmando que a contribuição de Lars é vital e lendária.
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