10 clássicos do rock que usam apenas 2 acordes
10 clássicos do rock que usam apenas 2 acordes

10 clássicos do rock que usam apenas 2 acordes

O rock é um gênero que sempre foi conhecido pela sua energia crua e descompromissada. Uma das coisas que o tornam tão empolgante é a forma como ele pode ser feito com apenas alguns acordes, e ainda assim soar incrível. Como mencionado anteriormente, muitas das músicas de rock mais icônicas foram construídas com apenas três acordes, mas alguns artistas ainda conseguiram ir mais longe, usando apenas dois.

Portanto, neste artigo, vamos explorar dez clássicos do rock que usam apenas dois acordes. Vamos analisar como esses artistas foram capazes de criar músicas tão cativantes com tão poucos recursos musicais. Descobriremos como os acordes são usados para criar melodias simples, mas eficazes, e como isso permite que os músicos se concentrem na letra e na entrega emocional. Então, prepare-se para mergulhar no mundo dos acordes de rock e descobrir o que pode ser feito com apenas dois deles.

1 – ‘Whole Lotta Love’ – Led Zeppelin

A história do rock está repleta de grandes músicos que dominam seus instrumentos, mas às vezes tudo o que é preciso são alguns acordes para criar um clássico instantâneo. Isso é especialmente verdadeiro para o Led Zeppelin e sua música icônica, ‘Whole Lotta Love’. Com apenas um acorde D giratório e um riff insistente, eles criaram uma música que inspiraria uma geração inteira de bandas de hard rock.

Portanto, é importante notar que não é necessária uma complexidade melódica para se destacar na música. De fato, ‘Whole Lotta Love’ é um exemplo perfeito de como um riff simples e um acorde podem ser usados para criar uma música inesquecível. E aliás, a habilidade de Jimmy Page em escrever riffs icônicos é evidente em toda a discografia do Led Zeppelin. Juntamente com a entrega emocionante de Robert Plant, eles criaram uma música que foi além do que era considerado possível na época.

Entretanto, é importante não esquecer a habilidade de John Bonham na bateria. Na seção intermediária de ‘Whole Lotta Love’, ele lidera o ataque com seu chimbal e cria uma atmosfera psicodélica única. Page e o produtor Eddie Kramer aproveitam a oportunidade para experimentar com sons e criar um caos sonoro que é tanto enervante quanto emocionante. Depois disso, a música retorna ao riff principal, mostrando que é possível combinar técnica e criatividade para criar uma música inesquecível. Acima de tudo, ‘Whole Lotta Love’ é um lembrete de que, às vezes, menos é mais e que a música não precisa ser complicada para ser impactante.

2 – Eleanor Rigby – The Beatles

O uso criativo de acordes simples no rock tem sido uma prática comum desde a década de 60, e os Beatles são uma das bandas mais influentes que ajudaram a estabelecer essa tradição. ‘Eleanor Rigby’ é um ótimo exemplo de como a escolha dos acordes pode moldar a emoção de uma música, e como o rock pode ser tão poderoso mesmo sem instrumentos tradicionais.

Paul McCartney usa acordes menores e diminuídos para evocar um sentimento de tristeza e desespero, que é apropriado para a história da música. A seção ‘Ah, olhe todas as pessoas solitárias’ apresenta uma progressão de acordes que desce lentamente, quase como um lamento, enquanto a voz de McCartney flutua acima dela. É um momento emocionante em uma música que já é emocionante, e isso mostra que os acordes podem ser usados de maneira criativa para criar um clima que complementa a letra.

Embora a música não seja tão agitada quanto outras músicas de rock, ela ainda é um clássico do gênero, principalmente devido à sua estrutura harmônica. A escolha dos acordes menores e diminuídos é apenas um exemplo de como os Beatles foram pioneiros em empurrar os limites do rock e criar algo único e novo. ‘Eleanor Rigby’ é uma obra-prima do rock que prova que a música pode ser tão poderosa mesmo sem os instrumentos convencionais que costumamos associar com o gênero.

3 – Born in the USA – Bruce Springsteen

Acordes poderosos e rock robusto foram a assinatura de Bruce Springsteen em grande parte de sua carreira musical. No entanto, com o início dos anos 80, ‘The Boss’ começou a se sentir um pouco perdido e desanimado. Entretanto, em vez de se afastar do rock, Springsteen decidiu adicionar uma pitada de melancolia a ele para conquistar um público mais amplo. Portanto, nasceu o álbum ‘Born in the USA’ que contém a faixa-título, que é uma declaração corajosa sobre o estado da América.

Apesar de seu título enganador, a faixa ‘Born in the USA’ é mais do que um simples hino patriótico. Springsteen usou sintetizadores frios como pano de fundo para sua mensagem de conflito, incerteza e alienação em relação à América. Ele canaliza a voz de um veterano do Vietnã, tentando se ajustar à vida civil depois de retornar da guerra.

Com sua melodia pop cativante, Springsteen tenta mostrar o outro lado do ‘Sonho Americano’, criticando a ignorância e a indiferença dos cidadãos em relação aos mais necessitados. Em última análise, Born in the USA é uma mistura poderosa de rock e acordes de guitarra, que não apenas cativam a mente do ouvinte, mas também fazem com que eles se questionem sobre o que realmente significa ser americano.

4 – Something in the Way – Nirvana

Quando pensamos em Nirvana, logo vem à mente a música explosiva e caótica que definiu uma geração. No entanto, “Something in the Way” é uma das músicas mais introspectivas e emocionalmente cruas do grupo. Aliás, o som desafinado da guitarra e a bateria suave criam um clima melancólico e sombrio que é a antítese do rock que conhecemos.

Entretanto, a vulnerabilidade de Kurt Cobain transparece na música, já que as letras contam a história de sua juventude, quando ele morava sob a ponte do rio Wishkah, em Aberdeen, Washington. Depois disso, o som minimalista da música destaca a voz de Cobain e sua habilidade com acordes simples, mas poderosos. Acima de tudo, “Something in the Way” é uma música que leva o ouvinte em uma jornada emocional através da alma de Cobain, mostrando a verdadeira face do rock como uma expressão da dor e da fragilidade humana.

5 – Give Peace a Chance – John Lennon

O poder dos acordes simples no rock é frequentemente subestimado, mas ‘Give Peace a Chance’ de John Lennon é uma prova de que menos é realmente mais. Ao usar apenas os acordes D e A, Lennon conseguiu criar uma música que ainda é lembrada como um dos maiores hinos pacifistas da história. Então, mesmo que seja tentador adicionar camadas complexas em uma faixa de rock, a simplicidade pode muitas vezes ser mais eficaz.

Portanto, quando Lennon se uniu a Yoko Ono, ele estava determinado a criar algo que fizesse a diferença no mundo, algo que fosse um chamado para a paz em uma época de guerra. E o resultado foi ‘Give Peace a Chance’. A música escrita em um período turbulento da história, ainda é relevante hoje, em um mundo que ainda luta para encontrar a paz. Aliás, a música é um lembrete do poder da música para unir as pessoas e inspirá-las a lutar por um mundo melhor. E isso é o que o rock, em sua essência, deve fazer: mover as pessoas e provocar mudanças.

6 – Dreams – Fleetwood Mac

Rock e a escassez de acordes sempre estiveram intimamente ligados, e com ‘Dreams’, do Fleetwood Mac, não poderia ser diferente. Stevie Nicks pode não ser uma virtuose da música, mas ela é uma das maiores compositoras do rock. Ela prova que é possível fazer algo incrível com poucos acordes, e a letra de ‘Dreams’ é tão poderosa que nem precisa de uma melodia complexa para ser marcante.

Aliás, o sucesso de ‘Dreams’ não se limita apenas à sua simplicidade musical, mas à profundidade emocional da letra. A música fala sobre um relacionamento difícil, mas em vez de se tornar vingativa, Nicks expressa seus sentimentos de uma maneira empática, desejando paz para seu companheiro. E tudo isso enquanto a guitarra de Buckingham flui como uma história por trás de suas palavras. Então, para quem acredita que o rock precisa ser barulhento e agressivo, ‘Dreams’ prova que a verdadeira força pode estar em deixar seu coração falar mais alto.

7 – Break On Through – The Doors

“Break On Through” é uma canção icônica dos anos 60, que ajudou a estabelecer a carreira dos The Doors e a consolidar o rock psicodélico como um gênero importante na época. A música é notável por sua progressão de acordes simples e repetitiva, combinada com a voz poderosa e charmosa de Jim Morrison.

A música começa com uma batida de bateria forte, seguida pelo riff de guitarra cativante que se baseia em uma nota E. Morrison entra com a letra, cantando sobre a busca pela iluminação espiritual e a experiência de transcender a consciência normal. O refrão é um ponto alto da música, com a linha “Break on through to the other side” sendo repetida várias vezes, enquanto a guitarra de Krieger solta um solo hipnotizante.

Embora “Break On Through” não tenha sido um grande sucesso comercial quando foi lançada em 1967, a música rapidamente se tornou um favorito dos fãs e um hino para a geração da contracultura. A letra e o som da música capturam o espírito de liberdade e rebeldia que definiram a década de 1960, e continuam a ser influentes para muitos músicos até hoje.

8 – Heroin – The Velvet Underground

The Velvet Underground foi uma banda que, na década de 1960, se destacou por suas histórias sombrias e perturbadoras sobre a vida nas ruas. Enquanto os Beatles estavam na vanguarda da psicodelia e a Sunset Strip se tornava uma utopia, esses transplantados de Nova York exploravam a escravidão em “Venus in Furs” e a espera por traficantes em “I’m Waiting for the Man”. No entanto, a honestidade lírica de Lou Reed nunca foi mais evidente do que em “Heroin”.

Na música, a força de Reed vem do arranjo da melodia, que avança entre dois acordes enquanto a letra narra a experiência de um homem escrevendo uma ode às drogas. O resto do grupo simula o som de uma droga, intensificando a música gradualmente antes de cair novamente, enquanto o narrador se acalma. Portanto, embora os acordes nunca se desviem, a intensidade da música continua crescendo, como se espelhasse a escalada do efeito da heroína.

Embora outras estrelas do rock já estivessem cantando sobre o lado sombrio da vida, a representação de heroína do Velvet Underground foi uma virada de jogo para a época, dando às pessoas o mesmo desconforto e felicidade que vêm com a droga. Aliás, os Velvets nunca afirmaram ser heterossexuais durante seu tempo juntos, e a representação de Reed tem toda a experiência de ser um viciado sem nunca ter que colocar esse pico nas próprias veias. Em “Heroin”, o rock e os acordes se unem para transmitir a intensidade da experiência da droga.

9 – 505 – Arctic Monkeys

Arctic Monkeys sempre foram um marco no rock britânico, com sua energia crua e letras viscerais. E em “505”, eles entregaram uma faixa que é uma verdadeira explosão sonora, desde a abertura até a parte final. Portanto, é inegável que essa música é uma das melhores do seu repertório.

Além dos acordes pesados, Turner também canta com uma entrega visceral, transmitindo a angústia de um relacionamento em ruínas. A letra é cheia de referências cinematográficas! Como o título da faixa, que aliás é uma referência à sala de ensaio onde o grupo costumava tocar. E isso cria uma atmosfera única para a música. Acima de tudo, “505” é uma música que captura a emoção e a urgência do rock. E é portanto uma prova da habilidade da banda de criar clássicos modernos que ficarão na memória de seus ouvintes.

10 – ‘A Horse With No Name’ – America

O rock and roll é um gênero musical que se desenvolveu em torno da guitarra elétrica e dos acordes poderosos que ela pode produzir. Entretanto, quando se trata da música “A Horse With No Name”, da banda America, os acordes são tão simples que podem parecer quase sem graça. Mas, na verdade, é exatamente essa simplicidade que torna a música tão fascinante.

Com um movimento simples de um E menor para um D6, os acordes proporcionam uma sensação de tranquilidade e paz. Mas, ao mesmo tempo, têm uma qualidade aérea que impulsiona a melodia para frente. A música tem um ritmo suave, mas sua simplicidade faz com que ela se adapte perfeitamente à harmonia vocal e à instrumentação de apoio.

Aliás, é justamente essa combinação de acordes simples, harmonias vocais e instrumentação de apoio que faz com que “A Horse With No Name” seja tão cativante. Ela consegue transportar o ouvinte para um ambiente mágico. Onde ele pode prtanto, se imaginar caminhando pelo deserto, com o vento batendo em seu rosto e o sol quente em suas costas. Essa música é uma prova de que o rock and roll não precisa ser alto, rápido e cheio de distorções para ser cativante. Às vezes, uma simples sequência de acordes é suficiente para criar uma música eterna.

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