Em um mundo onde os holofotes do rock brilham intensamente, a complexidade das relações entre os membros de uma banda lendária muitas vezes se perde em meio a boatos. Para os fãs do Toto, a discografia icônica do grupo é marcada por vocais inesquecíveis, muitos deles pertencentes a Bobby Kimball, o cantor principal da era clássica da banda.
Recentemente, o guitarrista e membro fundador Steve Lukather decidiu vir a público para desmentir uma série de rumores que há anos circulam sobre seu relacionamento com Kimball. Mais do que isso, Lukather compartilhou uma atualização emocionante e, ao mesmo tempo, melancólica sobre o estado de saúde de seu ex-colega de banda, tocando o coração dos admiradores.
A Voz por Trás dos Clássicos: A Jornada de Bobby Kimball no Toto
Bobby Kimball é uma figura central na história do Toto. Ele esteve à frente do microfone em muitos dos maiores sucessos da banda, incluindo hinos como “Rosanna”, “Hold the Line” e a eterna “Africa”. Sua voz potente e inconfundível ajudou a definir o som da banda e a conquistar milhões de fãs ao redor do mundo.
Sua primeira passagem pelo grupo durou de 1977 a 1984. Infelizmente, problemas como o vício em drogas e desentendimentos internos levaram à sua saída. Contudo, Kimball fez um retorno triunfante ao Toto para uma segunda fase, que se estendeu de 1998 a 2008, solidificando ainda mais seu legado.
Mesmo após sua segunda saída e sua ausência na reunião do Toto em 2010, os rumores de desavenças entre Lukather e Kimball persistiram. A imaginação dos fãs e da mídia frequentemente pintava um quadro de inimizade irreconciliável. Lukather, porém, insiste que a verdade é bem diferente do que se especula.
Lukather Desfaz os Mitos: Uma Amizade que Permanece
Em uma aparição recente no podcast Rockonteurs, Steve Lukather abordou diretamente os boatos. Ele foi categórico ao expressar seu carinho por Bobby Kimball, deixando claro que a ideia de uma inimizade é uma invenção.
“Escutem, eu amo o Bobby, e estamos em contato”, afirmou o guitarrista, com um tom de sinceridade palpável. Ele acrescentou que há uma “terceira parte envolvida que manda amor”, sugerindo um elo contínuo e respeitoso. Lukather desmentiu veementemente as “bobagens do início dos anos 90 sobre como éramos inimigos mortais e todas essas besteiras. Aquilo foi apenas uma mentira”.
O guitarrista não poupou elogios ao talento de Kimball, descrevendo-o como um dos maiores cantores com quem já trabalhou. “Ele é um dos maiores cantores que já conheci”, disse Lukather, classificando a voz de Kimball como “única”. “Quando a voz estava afinada, ele era intocável. E você tem tanto poder, cara. É preciso muito para fazer esse poder ganhar vida.” Essas palavras ressaltam não apenas a admiração profissional, mas também o respeito profundo pela arte de Kimball.
Uma Revelação Dolorosa: A Saúde de Bobby Kimball
Além de esclarecer a natureza de sua relação com Kimball, Steve Lukather fez uma revelação comovente sobre a saúde do ex-vocalista. Com visível tristeza e respeito, ele compartilhou que Bobby Kimball está enfrentando uma condição de saúde séria.
“Ele está começando a perder a noção de quem ele é agora por causa da demência”, revelou Lukather, em um momento de rara franqueza. A notícia chocou muitos fãs, trazendo uma dimensão humana e vulnerável à figura do ícone do rock. Embora tenha se sentido compelido a compartilhar, Lukather foi rápido em reconhecer a privacidade da situação: “É muito triste, e não tenho o direito de falar sobre isso”.
Apesar da delicadeza do tema, Lukather fez questão de reafirmar seu afeto: “Eu amo Bobby Kimball”. Essa declaração final serve como um poderoso testemunho da amizade duradoura entre os dois artistas, um vínculo que transcende as manchetes e os desafios da vida.
A revelação de Lukather oferece uma perspectiva valiosa sobre a vida de um artista após os holofotes e reforça a ideia de que, por trás de lendas e álbuns de sucesso, existem pessoas reais com histórias complexas. Enquanto o Toto se prepara para sua turnê norte-americana de 2026, com início em 18 de fevereiro em Milwaukee, o legado de Bobby Kimball, agora tingido pela compaixão e preocupação de um amigo, permanece indelével na história do rock.
