A visita dos Beatles à Índia no final dos anos 60 provocou expectativas diferentes entre os membros da banda. Paul McCartney aproveitou o retiro para compor suas próximas músicas, enquanto John Lennon questionava e George Harrison se conectava com o lado espiritual das coisas. No entanto, a viagem transformou-se em um labirinto complexo quando a briga entre Harrison e McCartney se intensificou. Lennon percebeu portanto, que as coisas não eram tão espirituais quanto esperavam. Depois de supostamente testemunhar o guru Maharishi avançando sobre a atriz Mia Farrow, a banda então voltou para a Inglaterra com bolsos cheios de músicas! Incluindo a faixa ‘Sexy Sadie’, composta por John.
Em alguns versos, a música zombava do guru Maharishi. No entanto, o único “guru” com uma relação complexa com os Beatles não era um líder espiritual indiano, mas um americano: Charles Manson. Manson adorava o som dos Beatles e invejava o sucesso da banda. Manson e seus seguidores acreditavam que algumas músicas dos Beatles foram escritas para eles, o que levou a uma conexão estranha e perturbadora entre o culto e a banda.
Três mulheres, conhecidas como Manson Girls, se destacaram entre os muitos seguidores de Manson. Patricia Krenwinkel, Susan Atkins e Leslie Van Houten formaram o grupo que cometeu notórios crimes na época. Anos depois, Van Houten mencionou então, a crença do culto de que a música dos Beatles ‘Sexy Sadie’ era para sua amiga Susan, cujo apelido era Sadie na época. Segundo ela, a faixa se encaixava perfeitamente em Susan.
Van Houten realmente acreditava que Lennon dedicou Sexy Sadies dos Beatles a Atkins
Ela lembrava como a música combinava com a amiga e como ela mal podia esperar pela próxima morte depois de desempenhar um papel nos assassinatos de Rose e Leno LaBianca. As Manson Girls eram fascinadas pela ideia de matar pessoas, apesar de terem sido ensinadas a ficar longe disso, e Van Houten recordou que Atkins continuava afiando as facas, deixando-as bem afiadas.
A conexão estranha entre o culto Manson e os Beatles foi mencionada várias vezes. De acordo com Van Houten, Manson frequentemente traçava paralelos entre suas vidas e as letras da banda. Acredita-se que Manson tenha ficado obcecado com a música ‘Helter Skelter’, a ponto de usá-la como inspiração para seus planos de iniciar uma guerra racial.
A música ‘Sexy Sadie’ de autoria de John Lennon foi uma crítica a Maharishi. Ele acreditava que o guru havia tentado fazer avanços sexuais em várias mulheres. Lennon e Harrison acabaram se afastando de Maharishi depois desses acontecimentos.
A história por trás de “Sexy Sadie” é mais sombria do que muitos fãs dos Beatles podem imaginar.
Embora a música seja uma zombaria do guru Maharishi, ela acabou associada a Charles Manson e seu culto, que acreditavam que a música foi dedicada a uma de suas seguidoras.
A conexão estranha entre os Beatles e o culto Manson mostra como a música pode ter um impacto profundo nas pessoas e como a interpretação de uma música pode ser distorcida e levada a extremos violentos. No entanto, é importante lembrar que a música em si não é a culpada pelos crimes horríveis cometidos pelo culto Manson. “Sexy Sadie” continua sendo uma música icônica dos Beatles, mas agora tem uma história mais sombria por trás dela. É um lembrete de como as músicas podem ter um significado diferente para pessoas diferentes e como a música pode ter um impacto mais profundo do que pensamos.