Tony Iommi, o lendário guitarrista do Black Sabbath, é mais do que uma figura icônica do heavy metal. Sua contribuição para a música transcende o peso e a escuridão que caracterizam sua obra, revelando uma mente criativa e multifacetada. Compositor meticuloso, multi-instrumentista e escritor, Iommi possui uma visão abrangente e ponderada sobre a arte que o consagrou. Sua opinião sobre guitarra, instrumento que ajudou a redefinir a partir dos anos 1970, é sempre aguardada com grande expectativa por fãs e músicos. Afinal, quando Iommi fala sobre riffs, solos e timbres, todos escutam.
A Escolha Inesperada de Iommi
Em 2019, durante uma entrevista à revista Metal Hammer (via Far Out), Iommi foi questionado sobre qual seria o maior riff de guitarra de todos os tempos. A resposta, embora possa parecer simples à primeira vista, é carregada de significado e revela a profundidade de seu conhecimento musical. Sem hesitação, o mestre do riff respondeu: “Há muitos riffs incríveis por aí, tanto antigos quanto mais recentes, mas você tem que considerar ‘Smoke on the Water’, do Deep Purple.”
O Impacto Cultural de um Riff Simples
A escolha de Iommi para o maior riff de todos os tempos não se baseia apenas na complexidade técnica, mas no impacto cultural que a música teve, e continua tendo, no mundo do rock. A introdução de “Smoke on the Water”, criada por Ritchie Blackmore em 1972, é quase um rito de passagem para guitarristas iniciantes em todo o mundo. Sua simplicidade é parte de seu apelo, permitindo que até mesmo músicos iniciantes possam aprender e tocar a icônica sequência.
Apesar de sua aparente simplicidade, o riff é incrivelmente memorável e imediatamente reconhecível. Poucos riffs na história da música conseguem a mesma identificação instantânea que “Smoke on the Water”, o que demonstra seu impacto cultural duradouro. É um exemplo perfeito de como um riff poderoso não precisa ser intrincado para ser eficaz e imortal.
Respeito e Reconhecimento Mútuo
Iommi também mencionou outras referências importantes em seu comentário, destacando o respeito que nutre por seus pares. Ele lembrou de Led Zeppelin e Jimmy Page, reconhecendo a qualidade dos riffs presentes na discografia da lendária banda. Essa menção reforça a ideia de que o impacto de um riff transcende a complexidade técnica, focando no poder de sua influência na cultura musical.
A declaração de Iommi não é apenas uma opinião pessoal, mas um reconhecimento do legado incontestável de “Smoke on the Water”. O riff se tornou um símbolo do rock e do heavy metal, sendo tocado em incontáveis shows, covers e aulas de música. É um elemento fundamental da história do rock, e sua influência se estende até os dias de hoje.
A Perenidade de um Clássico
Iommi, um ícone do heavy metal conhecido por suas criações pesadas e sombrias, escolheu um riff relativamente simples e direto. Isso demonstra a percepção aguçada que Iommi tem sobre música, entendendo que a eficiência e a memorabilidade são tão importantes, senão mais, do que a complexidade técnica.
A escolha de Iommi sublinha que a grandeza de um riff está na sua capacidade de conectar-se com o público, transcendendo gerações e influenciar inúmeros músicos. “Smoke on the Water” não é apenas um riff, mas um marco na história da música, e a afirmação de Iommi o consolida como tal. Diante de tamanha autoridade, poucos ousariam discordar.
Além da Técnica: A Força do Impacto Cultural
O reconhecimento de Iommi aponta para um elemento crucial na avaliação da qualidade de um riff: seu impacto cultural. “Smoke on the Water” não é apenas uma sequência de notas, mas uma referência cultural universalmente reconhecida. Sua simplicidade a torna acessível, mas sua força é inegável, marcando um ponto fundamental na história do rock. A escolha de Iommi reforça essa ideia, valorizando a influência e a longevidade de um riff além de sua complexidade técnica. Em última análise, a longevidade e o impacto cultural são critérios tão importantes quanto a técnica na definição de um grande riff.
A escolha de Iommi é, portanto, um reconhecimento dessa força impactante e duradoura, confirmando o status de “Smoke on the Water” como um dos maiores, senão o maior, riff de guitarra de todos os tempos.
