NSYNC: O Preço da Fama e a Luta Inesperada por Liberdade no Pop
NSYNC: O Preço da Fama e a Luta Inesperada por Liberdade no Pop

NSYNC: O Preço da Fama e a Luta Inesperada por Liberdade no Pop

Eles representaram o sonho americano: cinco jovens que venderam milhões de discos e conquistaram o mundo. Mas o que realmente se sabe sobre o NSYNC? Por trás do brilho e dos acordes pegajosos, esconde-se uma história de exploração e luta. Uma narrativa que revela o verdadeiro preço do estrelado e a face oculta da indústria musical.

A Gênese Fraudulenta e a Ascensão do NSYNC

A saga do NSYNC começa com Lou Pearlman, um suposto magnata que orquestrou uma fraude massiva por mais de duas décadas, vendendo ilusões para construir seu império de mentiras disfarçado de sucesso. Ele compreendia que, para atrair dinheiro, precisava aparentar riqueza, e suas histórias extravagantes eram sempre convincentes.

Observando o sucesso de boy bands como New Kids on the Block, Pearlman viu na música pop uma nova e lucrativa forma de lavar dinheiro. Em 1993, criou os Backstreet Boys, que se tornaram fenômeno na Europa. Querendo mais, a ideia de um novo grupo veio de Chris Kirkpatrick, que o procurou após falhar em um contrato.

Juntos, Pearlman e Chris recrutaram Joey Fatone, Justin Timberlake (sugerido por seu empresário), JC Chasez (recomendado por Justin) e Lance Bass (indicado como a voz grave). O nome NSYNC surgiu da mãe de Justin, que notou as vozes estarem perfeitamente “in sync”.

Pearlman os enviou à Europa, replicando a estratégia dos Backstreet Boys para construir fãs longe da crítica americana. A tática funcionou: eles viraram estrelas na Alemanha antes mesmo de emplacarem um hit nos Estados Unidos.

NSYNC: O Preço da Fama e a Luta Inesperada por Liberdade no Pop

A Luta por Liberdade e o Estrondo de “No Strings Attached”

Os membros do NSYNC confiavam em Pearlman, mas o contrato que assinaram era uma obra-prima de exploração: ele foi listado como o sexto membro, com fatia nos lucros, e sua empresa ficava com até 50% do restante. Após despesas, os jovens recebiam cerca de 35 dólares por dia. Em 1998, com 10 milhões de cópias vendidas, cada um recebeu apenas 10.000 dólares. O sonho virava uma gaiola dourada.

A virada veio quando a mãe de Justin, Lynn Harless, notou que os números não batiam. O NSYNC gerava milhões, mas os meninos viviam de pequenas mesadas. A gota d’água: Pearlman era dono de gravadora e empresa de turnês. Em 1999, o NSYNC abriu um processo para se libertar.

Pearlman retaliou com um contra-processo de 150 milhões de dólares e uma ordem judicial que impedia o uso do nome NSYNC. Suas carreiras congelaram. Foi então que Clive Calder, chefe da Jive Records, interveio. Vendo o potencial do grupo, ele os assinou e financiou a batalha legal.

Após meses, o juiz considerou o contrato opressor e unilateral, libertando o grupo. O nome NSYNC era deles. Capitalizando a vitória, transformaram a raiva em um manifesto lucrativo: o álbum “No Strings Attached” (2000), com capa de marionetes e o single “Bye Bye Bye”, uma provocação clara. A mensagem: “Não somos mais seus fantoches”.

O público respondeu avassaladoramente, vendendo 2.42 milhões de cópias na primeira semana, um recorde por 15 anos. Com o sucesso, veio a rivalidade NSYNC vs. Backstreet Boys, ambos ironicamente explorados por Pearlman. Em 2001, “Celebrity” mostrou crescimento e hits como “Pop”. Estavam no topo do mundo, mas tudo parou de repente.

O Fim Inesperado e as Jornadas Pessoais

Após a turnê “Celebrity” em 2002, o NSYNC anunciou uma “pausa”. Para Lance, Joey, Chris e JC, era um descanso. Eles estavam enganados. Justin Timberlake, o mais carismático, focou na carreira solo, gravando “Justified” enquanto os outros esperavam.

O fim veio abruptamente por telefone, revelou Lance Bass: Justin não sabia quando voltaria. Para os demais, foi um choque. O hiato se tornou um ponto final, e o NSYNC havia terminado, abrindo caminhos individuais.

Para se lançar solo, Justin buscou romper com a imagem de “boy band”. Usou seu relacionamento com Britney Spears no hit “Cry Me a River”, posicionando-se como vítima. Ele admitiu ter se beneficiado de um sistema que tolerava misoginia e racismo, citando o caso de Janet Jackson no Super Bowl de 2004, onde a carreira dela foi prejudicada.

Enquanto Justin seguia, Lance Bass travava uma batalha silenciosa. Ele carregou o segredo de sua sexualidade, temendo destruir a carreira. Somente em 2006, assumiu-se publicamente, descrevendo como uma libertação. Lance também revelou experiências inapropriadas na adolescência, destacando o ambiente tóxico.

JC Chasez, voz do NSYNC, lançou álbum solo elogiado, mas sua carreira foi prejudicada pelo cancelamento pós-Super Bowl. Hoje, atua no teatro musical. Joey Fatone e Chris Kirkpatrick continuaram ativos no entretenimento: Joey como personalidade de TV e Chris apresentando a Pop2000 tour, encontrando paz longe da pressão.

A espera por uma reunião do NSYNC foi amenizada em 2023, com a música “Better Place” para o filme “Trolls Band Together”. Rumores de um retorno completo têm agitado a indústria, indicando que a história do NSYNC ainda pode ter novos capítulos.

Compartilhe nas redes sociais​

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Artigos Recentes

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso portal.