Hey Jude é uma das canções mais populares dos Beatles, e aliás tem uma história de origem bastante cativante – uma que se concentra na dor, enfrentamento e esperança.
A ideia veio a Paul McCartney durante uma visita a Cynthia Lennon, que recentemente se separou de John, e de seu filho Julian. Como McCartney lembrou:
“Pensei, como amigo da família, em ir de carro até Weybridge e dizer a eles que estava tudo bem: para tentar animá-los, basicamente, e ver como eles estavam.”
Enquanto McCartney dirigia, sua mente começou a pensar. Ele rotineiramente usava longas viagens para pensar em ideias de músicas e começou a brincar com uma música centrada em Julian Lennon.
“Comecei a cantar: ‘Ei, Jules, não torne isso ruim, pegue uma música triste e melhore…’ Era otimista, uma mensagem de esperança para Julian: ‘Vamos, cara, seus pais se divorciaram. Eu sei que você não está feliz, mas você vai ficar bem.’”
Originalmente, McCartney chamava a música de “Hey Jules”, mas depois mudou para “Jude” para que a letra fluísse melhor.
John Lennon sempre achou que Hey Jude era pra ele
Mas, embora McCartney tenha mantido sua história, John Lennon sempre suspeitou que a música de seu colega de banda tinha um duplo significado. Ele pensou que talvez McCartney também estivesse escrevendo sobre o relacionamento de Lennon com Yoko Ono.
“Eu sempre ouvi isso como uma música para mim”, explicou Lennon. “Se você pensar sobre isso… Yoko acabou de entrar em cena. Ele está dizendo, ‘Ei, Jude – ei, John.’ Eu sei que estou parecendo um daqueles fãs que interpretam coisas, mas você pode ouvi-la como uma música para mim.
“As palavras ‘saia e pegue-a’ – subconscientemente ele estava dizendo, Vá em frente, deixe-me. Em um nível consciente, ele não queria que eu fosse em frente. O anjo dentro dele estava dizendo: ‘Deus te abençoe’. O diabo nele não gostou nem um pouco porque não queria perder seu parceiro.
