Paul McCartney
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A Canção Esquecível que Paul McCartney Ama Até a Morte

Paul McCartney, um dos principais compositores dos Beatles e com uma carreira solo de enorme sucesso, às vezes nos deixa perplexos com seu gosto musical. Ao criar canções tão belas quanto “For No One”, sucessos pop inegáveis como “Can’t Buy Me Love” ou um rock furioso como “Helter Skelter”, esperaríamos que McCartney tivesse um faro impecável para a música. Seus trabalhos pós-Beatles, em grande parte, reforçam essa ideia de um compositor praticamente intocável, que conhece a fórmula secreta para criar canções atemporais.

Mas, então, ouvimos pérolas questionáveis como “Why Don’t We Do It In The Road”, hinos natalinos indigestos como “Wonderful Christmastime” e, pior de todas, “Mull of Kintyre”, e percebemos que Paul McCartney, apesar de seu talento, também tem seus momentos de mau gosto. A mesma inspiração que o levou a criar clássicos atemporais também o conduziu a essas criações questionáveis, levando-nos a questionar o processo de seleção de seu repertório. Embora esses deslizes não tenham prejudicado sua carreira, Sir Paul expressou seu amor por algumas canções de qualidade duvidosa, listando-as como favoritas em uma entrevista à revista Uncut em 2004, o que nos faz questionar o que ele considera brilhante em uma música.

O Enigma de “The Way”

Enquanto algumas de suas escolhas são compreensíveis, com menções a The Beach Boys, Frank Sinatra e Donovan, entre outros, há uma canção em particular, citada como uma de suas favoritas de todos os tempos, que a maioria das pessoas provavelmente já esqueceu após a primeira audição. E acredite, você não vai me agradecer por lembrar da existência dela. McCartney pode ter elogiado o trabalho do cantor e compositor neozelandês Glenn Aitken por conta de um contrato de publicação, mas ele nomeou o single “The Way” como uma de suas canções favoritas, desde sempre. Se você acha que o trabalho de artistas como James Blunt e Daniel Powter é melosamente piegas, imagine uma canção que faz exatamente a mesma coisa, só que sem o sucesso.

Aitken comentou sobre sua parceria com McCartney em uma entrevista a Tony Cummins, descrevendo o incentivo positivo do ex-Beatle como um fator crucial em sua carreira. “Eu vou te iluminar, para abrir uma porta e fazer sua música ser ouvida por aqueles que precisam ouvi-la“, teria dito McCartney a Aitken. Embora a música tenha alcançado um público global graças à influência de McCartney, é difícil argumentar que alguém realmente precisava ouvi-la.

O Impacto da Influência de McCartney

A influência de um artista do tamanho de Paul McCartney pode ser um divisor de águas na carreira de um artista menos conhecido. A simples menção de seu nome e o apoio ao lançamento de uma música podem impulsionar a visibilidade e o acesso a um público muito maior. Mas isso não garante, necessariamente, a qualidade da obra em si. No caso de “The Way”, podemos observar um exemplo claro de como o prestígio e a influência de um artista consagrado podem, às vezes, superar a avaliação crítica da própria música.

Paul McCartney

A Subjetividade do Gosto Musical

O caso de “The Way” e a apreciação de Paul McCartney por ela nos lembra da subjetividade do gosto musical. O que uma pessoa considera uma obra-prima, outra pode achar insuportável. A qualidade de uma música é muitas vezes uma questão de preferência pessoal, e o que funciona para um ouvinte pode não funcionar para outro. A experiência musical é profundamente pessoal, e não há uma resposta certa ou errada quando se trata de apreciar ou desaprovar uma canção.

O Legado Musical de Paul McCartney

Apesar dessa pequena falha de julgamento, o legado musical de Paul McCartney permanece inabalável. Suas contribuições para a música popular são inegáveis, e suas canções continuam a inspirar e a emocionar gerações. A diversidade de seu trabalho, desde as baladas românticas até os rocks enérgicos, reflete sua genialidade e versatilidade como compositor. Mesmo com algumas escolhas questionáveis, seu talento indiscutível o coloca entre os maiores nomes da história da música.

Conclusão: Paul McCartney, como qualquer outro artista, tem suas preferências e suas escolhas musicais nem sempre são compreensíveis para todos. O caso de “The Way” serve como um lembrete de que, mesmo os maiores gênios da música, têm seus momentos de mau gosto, e que a subjetividade do gosto musical é inquestionável.

Tags: Paul McCartney, Música, Opinião, Gosto Musical, Canções, The Beatles, Glenn Aitken, The Way, Carreira Musical, Música Popular, Legado Musical

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