Lady Gaga Criança
Lady Gaga Criança

Lady Gaga: A Incrível Jornada de Stephanie Germanotta à Rainha do Pop

Há mais de uma década, Lady Gaga tem dominado a indústria musical, redefinindo o pop e a performance a cada passo. Com singles icônicos como “Just Dance” e “Born This Way”, ela não apenas conquistou as paradas, mas também se tornou um fenômeno cultural global. Muitos a consideram uma das artistas de estreia mais bem-sucedidas deste século, e sua popularidade consistente a elevou ao patamar de lenda viva. Para os fãs mais jovens, pode parecer que a fama de Lady Gaga surgiu do nada, mas sua trajetória é, na verdade, uma prova de resiliência e dedicação inabalável, pavimentada por inúmeros desafios e superações.

As Raízes de Uma Estrela: O Início de Stephanie Germanotta

Antes de se tornar a influente e premiada Lady Gaga que conhecemos hoje, ela era Stephanie Joanne Angelina Germanotta. Nascida em 28 de março de 1986, no Lenox Hill Hospital, em Nova York, Stephanie cresceu em uma família ítalo-americana com raízes francesas-canadenses. Desde muito cedo, seu talento musical era evidente. Aos três anos, já tocava piano e, aos cinco, era proficiente, conseguindo até criar músicas de ouvido. Sua família, reconhecendo seu potencial, investiu em sua educação artística, matriculando-a em campos de artes criativas e no renomado Lee Strasberg Theatre and Film Institute, onde estudou por uma década a partir dos 11 anos. A paixão de Lady Gaga pelo palco a levou a papéis principais em peças teatrais e a apresentações em bares de jazz com apenas 14 anos, sempre acompanhada por sua mãe.

A busca por excelência a levou à New York University, onde, aos 17 anos, foi uma das 20 pessoas no mundo a ser aceita antecipadamente no Collaborative Arts Project 21 (CAP21), um prestigiado programa de teatro musical. No entanto, sua ambição pela música como carreira era tão forte que, em 2005, após apenas três semestres, Stephanie decidiu abandonar a faculdade. Seu pai, embora relutante, fez um acordo: cobriria seu aluguel por alguns meses, mas depois ela estaria por conta própria. Esse foi o ponto de virada, impulsionando-a a se mudar para o Lower East Side e mergulhar de cabeça na cena musical de Nova York com sua banda, a Stephanie Germanotta Band (SGB).

A Luta e o Nascimento de Lady Gaga

A missão de Stephanie era clara: conseguir um contrato antes que o prazo de seu pai se esgotasse, em março de 2006, seu aniversário de 20 anos. O destino, porém, agiu uma semana antes. Durante uma apresentação da SGB no The Cutting Room, em Manhattan, ela conheceu Wendy Starland, uma caça-talentos que trabalhava com o produtor Rob Fusari. Rob, conhecido por seus sucessos com Destiny’s Child e Will Smith, procurava uma vocalista para uma nova banda. Stephanie foi a escolhida, mas com uma condição: sem banda. Rob costumava cantar “Radio Ga Ga” do Queen toda vez que Stephanie entrava em seu estúdio de gravação, e foi assim que o nome Lady Gaga nasceu.

Com sua nova identidade, Lady Gaga realizou um showcase onde apresentou “Beautiful, Dirty, Rich”, uma canção sobre seus amigos da NYU. Isso a levou a um convite da Island Def Jam Music Group, onde o CEO, Antonio L.A. Reid, a declarou uma estrela. Contudo, o contrato, assinado no outono de 2006, durou apenas alguns meses antes de ela ser dispensada. Este foi um dos raros momentos em que Gaga duvidou de si mesma, mas, como ela mesma declarou em uma entrevista de 2010 à New York Magazine, “Fui para o meu apartamento no Lower East Side e estava tão deprimida que foi quando comecei a verdadeira devoção à minha música e arte.” Após seu relacionamento com Rob Fusari, Gaga se envolveu com o baterista Luke Carl, gerente de um bar de rock no Lower East Side. Foi lá que ela conheceu Lady Starlight, que a inspirou a incorporar elementos de burlesco em suas performances. As apresentações de Gaga tornaram-se cada vez mais ousadas e originais, culminando na criação da Haus of Gaga, um coletivo criativo inspirado na Factory de Andy Warhol, responsável por toda a estética visual de suas performances. Se você tem interesse em como artistas se desenvolvem, pode encontrar dicas valiosas para sua jornada musical em artigos como “Aprenda a Cantar: Dicas Essenciais Para Iniciantes” no blog do Coisa de Músico.

Lady Gaga Criança

O Estouro Mundial e a Coroação

O ano de 2007 foi um turbilhão para a carreira de Gaga. Ela e Lady Starlight lançaram o “Lady Gaga and Starlight Revue”, um show pop-burlesco que homenageava ícones dos anos 70, e chegaram a abrir shows para os glam rockers Semi Precious Weapons. Apesar de Gaga e Rob Fusari não estarem mais juntos, ele continuava a apoiar sua carreira. Na primavera de 2007, seu amigo Vincent Herbert fechou um acordo com a Interscope Geffen A&M Records para assinar novos artistas sob o selo conjunto Streamline Records. Após um telefonema, Gaga voou para Los Angeles para se encontrar com Jimmy Iovine, chefe da Interscope. Após ouvir algumas de suas músicas, ele disse: “Vamos tentar isso.” Herbert a enviou para o festival Lollapalooza naquele verão, onde ela se apresentou com Starlight. Antes de se tornar a loira platina que conhecemos, Gaga tinha cabelos longos e pretos com franja. Após Lollapalooza, alguém na plateia a comparou a Amy Winehouse, e ela foi imediatamente instruída por Vincent a tingir o cabelo para se diferenciar e se tornar reconhecível.

Enquanto assinava com a Interscope, ela também garantiu um contrato com a Sony/ATV Music Publishing, fruto de um estágio que havia feito anos antes. Sob este contrato, Gaga começou a escrever músicas para grandes estrelas como Fergie, Britney Spears, Pussycat Dolls e New Kids on the Block. Ela encontrava grande satisfação em ouvir suas melodias sendo cantadas por artistas renomados. O grande divisor de águas veio quando Akon convenceu Jimmy Iovine a deixar Gaga assinar com seu selo, KonLive Distribution. Ao mesmo tempo em que escrevia para outros, ela trabalhava em suas próprias canções com RedOne, um produtor internacional marroquino-sueco. Todas as faixas do álbum de estreia de Gaga, “The Fame”, foram escritas durante sua colaboração intensa, que levou apenas uma semana em Los Angeles. Martin Kierszenbaum, outro compositor, contribuiu para quatro canções do álbum, elogiando a concentração e rapidez de Gaga. Em 2008, Gaga se mudou para Los Angeles para finalizar “The Fame”. Seu relacionamento com Luke Carl chegou ao fim no dia da gravação do videoclipe de “Just Dance”, após ele duvidar de seu sucesso.

“The Fame” foi lançado em 19 de agosto de 2008, marcando o início de uma nova era. O álbum e suas faixas rapidamente explodiram, alcançando o topo das paradas em pelo menos três países e rendendo a Gaga o Grammy de “Melhor Álbum Dance/Eletrônica” no 52º Grammy Awards. Ela abriu shows para as Pussycat Dolls e, em seguida, embarcou em sua própria turnê mundial, a “The Fame Ball Tour”. Durante a turnê, ela escreveu novas músicas para “The Fame Monster”, um EP lançado em 18 de novembro de 2009. O videoclipe de “Bad Romance” tornou-se o mais assistido no YouTube em 2010 e rendeu a ela dois Grammys, enquanto “The Fame Monster” conquistou o Grammy de “Melhor Álbum Vocal Pop”. No MTV Video Music Awards de 2010, ela levou para casa oito prêmios, incluindo Vídeo do Ano, e imortalizou o infame vestido de carne. Com este álbum, ela embarcou em sua segunda turnê, a “Monster Ball Tour”, que durou um ano e meio, quebrando recordes como a maior e mais lucrativa turnê de uma artista debutante.

Além da Música: Atuação, Ativismo e Legado

Nos anos seguintes, Lady Gaga lançou mais quatro álbuns de estúdio: “Born This Way” (2011), “Artpop” (2013), “Cheek to Cheek” (álbum de jazz colaborativo com Tony Bennett, 2014) e “Joanne” (2016). Sua vida pessoal também esteve em destaque, com um noivado com Taylor Kinney em 2015, que terminou no mesmo ano devido à sua carreira, e outro com Christian Carino em 2018. Após a recepção mista de “Artpop”, Gaga passou por um período de reinvenção de seis meses, trocando os figurinos extravagantes por uma imagem mais clássica, bonita e elegante, que se tornou a marca da Lady Gaga que muitos admiram hoje.

Com uma sólida formação em atuação desde os tempos de Stephanie Germanotta, Gaga não conseguiu papéis significativos em Nova York no início, mas teve uma pequena participação como estudante em um episódio da terceira temporada de “Os Sopranos”. No entanto, como Lady Gaga, ela brilhou e ganhou prêmios por seus papéis em “American Horror Story” (Temporadas 5 e 6). Em 2018, consolidou-se como atriz ao lado de Bradley Cooper no remake do filme de 1937, “Nasce Uma Estrela” (A Star Is Born). Eles coescreveram e produziram 19 das 34 canções da trilha sonora. Em entrevista à Hollywood Reporter em 2018, Gaga expressou sua profunda conexão com o papel: “Senti-me muito animada e muito pronta para esta parte. Foi um santuário de confiança, e quando vi essa confiança com Bradley, eu disse: ‘Ok, vou ter que me tornar alguém sobre quem não tenho controle total’”. Para saber mais sobre a ascensão de Lady Gaga no cinema, confira a notícia completa no G1 sobre “A Ascensão de Uma Estrela” com Lady Gaga e Bradley Cooper.

Além de sua carreira multifacetada, Lady Gaga é uma forte defensora da comunidade LGBTQ+, assumindo sua bissexualidade há anos, e apoia diversas outras causas. Ela colaborou com a MAC Cosmetics para arrecadar fundos para o MAC AIDS Fund. Sua transparência sobre sua luta contra o PTSD, resultante de um estupro aos 19 anos, e sua dedicação em performances a pessoas que sofreram agressão sexual, a tornam uma voz poderosa. Aclamada como “Rainha do Pop” pela Rolling Stone em 2011, Lady Gaga é mais do que uma cantora e compositora; ela é uma musicista, performer, artista e ícone da moda. Sua ascensão à fama não foi fácil, mas cada passo valeu a pena para Stephanie Joanne Angelina Germanotta. Ela nasceu uma estrela, e essa estrela é Lady Gaga.

Tags: Lady Gaga, Stephanie Germanotta, Rainha do Pop, Carreira, Biografia, Música Pop, The Fame, A Star Is Born, Icone da Moda, Ativismo

Compartilhe nas redes sociais​

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Artigos Recentes

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso portal.