Em uma triste reviravolta, o mundo da música lamenta a perda da icônica cantora irlandesa Sinéad O’Connor, cuja promissora carreira acabou antes que ela pudesse concluir seu último álbum, intitulado “No Veteran Dies Alone”. Segundo relatos do produtor musical David Holmes, O’Connor estava a apenas uma faixa de finalizar o álbum quando faleceu.
A notícia sobre o álbum começou a se espalhar quando a artista anunciou, em 11 de julho, que logo finalizaria seu mais recente trabalho. Com cinco anos de trabalho em andamento, “No Veteran Dies Alone” teria sido portanto, o primeiro lançamento de O’Connor desde o álbum “I’m Not Bossy, I’m the Boss” de 2014. De acordo com Holmes, o álbum, com oito músicas, prometia ser uma jornada emocional e pessoal, como era característico do talento singular da cantora.
Uma Colaboração Inspiradora: Sinéad O’Connor e David Holmes
A parceria entre O’Connor e Holmes começou a se desenvolver por volta de 2017, após um breve encontro em uma cerimônia de premiação. No entanto, foi na festa de 60 anos do músico Shane McGowan, integrante da banda The Pogues, que eles realmente tiveram a oportunidade de conversar sobre uma colaboração musical. Holmes expressou sua vontade de produzir um álbum que tratasse de cura, pois ele próprio tinha enfrentado questões de saúde mental e via na música uma fonte de conforto. Ele acreditava que O’Connor, apesar de seu talento inquestionável, ainda não havia explorado todo o seu potencial vocal.
O ponto de partida da colaboração foi então um cover da canção “Trouble of the World”, da renomada cantora de gospel Mahalia Jackson. O’Connor lançou essa versão em 2020, em resposta à morte de George Floyd, mostrando seu compromisso artístico com temas relevantes e importantes. Foi um sinal do que viria a seguir.
Uma Dedicação Inegável: O Processo de Criação do Álbum
Ao longo dos anos aliás, O’Connor enviava a Holmes versões básicas de novas músicas, com sua voz e violão, mostrando que ela estava comprometida com cada detalhe de suas criações. Ela também revelou que não tinha pressa para voltar à indústria musical, que muitas vezes a repelia. Segundo Holmes, o álbum seria produzido ao seu próprio ritmo, pois tudo foi feito sob os termos dela.
O título do álbum, “No Veteran Dies Alone”, guarda uma curiosa história de colaboração artística. A capa do álbum seria uma ilustração do artista irlandês Jacob Stack, que ficou surpreso quando O’Connor entrou em contato para usar um desenho seu como perfil em suas redes sociais. Mais tarde, ela convidou Stack para criar a arte para o álbum, descrevendo uma cena na floresta com detalhes precisos. Infelizmente, ainda não sabemos se essa ilustração aparecerá na capa final.
Um Legado Interrompido: Tragédia na Família de Sinéad O’Connor
Infelizmente, o destino cruel reservou outro golpe para Sinéad O’Connor e sua família. Seu filho Shane faleceu, interrompendo o trabalho no álbum e levando O’Connor a suspender uma turnê. Não podemos ignorar o fato de que a vida de O’Connor também foi marcada por controvérsias e dificuldades, especialmente após suas críticas à Igreja Católica e outras questões. No entanto, sua resiliência e paixão pela música sempre a impulsionaram para a frente.
Um Futuro Incerto: O Destino do Legado Musical de Sinéad O’Connor
Agora, resta-nos esperar pelo destino do legado musical inacabado de Sinéad O’Connor. A família e a equipe de gerenciamento da cantora ainda não decidiram quando e como a música terá seu lançamento divulgado. O sonho de compartilhar seu último trabalho com o mundo pode ou não se tornar realidade, mas certamente sua música e sua influência na indústria continuarão vivas na memória de seus fãs e na história da música.
