O rock ‘n’ roll é conhecido por muitas coisas, mas uma das coisas mais marcantes é a voz do cantor. Embora a maioria dos cantores seja a face pública da banda, muitas vezes são os outros músicos que são responsáveis pelas músicas mais icônicas do grupo. Com isso em mente, aqui estão 10 clássicos do rock que não são cantados pelo vocalista.
Muitas vezes, o guitarrista ou o baixista assume o papel de vocalista para uma música ou duas, e às vezes essas canções se tornam algumas das mais amadas pelos fãs. De Queen a Led Zeppelin, essas músicas demonstram a diversidade dos membros da banda e adicionam uma camada extra de interesse à discografia. Então, vamos dar uma olhada nesses 10 clássicos do rock que você provavelmente nunca ouviu o vocalista cantar.
1 – ’39’ – Queen
Os clássicos do rock têm uma habilidade especial de transcender o tempo e ’39’ do Queen não é exceção. Com suas letras emotivas, guitarras poderosas e harmonias vocais distintas, esta música é uma joia escondida no vasto catálogo da banda.
’39’, do Queen, é uma música que destaca as habilidades vocais de Brian May, o guitarrista da banda. Mesmo que os outros membros do Queen fossem capazes de cantar, May mostrou que também é capaz de entregar uma performance vocal incrível.
Entretanto, pode ser fácil esquecer que este não é um dos sucessos mais conhecidos do Queen. Aliás, é mais um exemplo da genialidade que a banda era capaz de produzir, mesmo sem ter como vocalista principal um dos melhores cantores de todos os tempos.
O resultado é uma música que é uma mistura única de ritmo acelerado e letras emocionantes, e que, acima de tudo, destaca o talento musical incomparável do Queen. Depois disso, é impossível ouvir a música sem se perder nas harmonias vocais ou se emocionar com a história trágica que a letra narra. ’39’ é uma lembrança maravilhosa do legado inigualável que o Queen deixou para trás, e uma prova de que a banda nunca deixou de surpreender e impressionar seus fãs.
2 – ‘Marigold’ – Nirvana [ clássicos do rock ]
O mundo do rock está repleto de músicas que se tornaram clássicos, e não é diferente com o Nirvana. A banda liderada por Kurt Cobain deixou um legado que influenciou e continua influenciando várias gerações. Entre as canções que se destacam, está ‘Marigold’, uma música escrita e cantada por Dave Grohl.
Entretanto, como a maioria das grandes músicas, ‘Marigold’ tem uma história por trás dela. Gravada durante a era In Utero, a música quase não entrou no álbum e foi escondida no lado B de ‘Heart Shaped Box’. Grohl nunca pensou que teria sua música no catálogo do Nirvana, mas a química que acontecia quando ele tocava bateria nas músicas de Cobain transformava as faixas simples em algo extraordinário. Mesmo com todo o sucesso que teve posteriormente com o Foo Fighters, Grohl não se desvia da melodia principal na maioria das vezes, criando um crescendo gradual no refrão que é um dos mais fundamentais já gravados na história do Nirvana.
Acima de tudo, ‘Marigold’ é um lembrete de que as grandes músicas não precisam ser complicadas. Com apenas um punhado de acordes, Grohl criou uma música que se tornou um clássico do rock. Aliás, é interessante observar como o tempo foi generoso com ‘Marigold’, uma música que foi irritante para Grohl no passado, mas que hoje é reconhecida como uma pequena canção simples que fez a bola rolar nos dias do grunge.
3 – ‘Don’t Look Back in Anger’ – Oasis [ clássicos do rock ]
Os clássicos do rock são conhecidos por sua energia, atitude e, acima de tudo, vocais distintos. Liam Gallagher do Oasis é um dos vocalistas mais icônicos dos anos 90, com seu estilo de cantar único e a presença de palco cativante. Embora Noel Gallagher seja conhecido por suas habilidades de composição, ele decidiu manter uma música clássica para si mesmo, deixando Liam com a tarefa de cantar as outras grandes canções do Oasis. Afinal, Liam é o verdadeiro astro do rock do grupo.
No entanto, isso não significa que Noel não seja um grande compositor. De fato, sua música solo “Don’t Look Back In Anger” é considerada uma obra-prima do rock, um clássico atemporal que pode ser comparado a outros grandes sucessos, como “Hey Jude” e “Stairway to Heaven”. A música é uma história agridoce de separação, contada através de vocais distintamente britânicos e acompanhada por acordes cativantes que se movem perfeitamente ao redor da letra. E embora a música possa ter sido inspirada em uma experiência pessoal de Noel, a mensagem subjacente é universal: a vida nem sempre é fácil, mas cabe a cada um de nós decidir como lidar com os socos que ela nos dá.
Clássicos do rock são mais do que apenas acordes e letras, são uma expressão de emoções e atitudes. E os vocais são a chave para dar vida a essas emoções. Liam Gallagher e Noel Gallagher são exemplos perfeitos disso, com suas habilidades complementares de canto e composição. Quando combinados, criam alguns dos maiores clássicos do rock de todos os tempos.
4 – ‘Coming Down Again’ – The Rolling Stones
A voz icônica de Mick Jagger sempre foi uma referência para outros cantores de rock and roll, que tentam imitar sua entrega e influências baseadas no blues. Em contraste, Keith Richards, o outro ‘Glimmer Twin’, tinha um estilo mais primitivo e visceral. Mesmo que a banda estivesse no auge de sua produção, em discos como Exile on Main Street e Sticky Fingers, em ‘Coming Down Again’, é possível ouvir o cansaço na voz de Keef, como se ele estivesse saindo de outra farra de heroína. Portanto, embora as conotações possam indicar que essa música é sobre drogas, há outras questões complexas que ele estava lidando em sua vida, como problemas amorosos e a morte de Brian Jones.
Por mais que Jagger tenha seu lado sensível em baladas como ‘Angie’, Richards é a única pessoa que poderia fazer justiça a essa música. Incorporando o trovador solitário tentando encontrar um pouco de paz no final do dia, a música é um retrato tocante das consequências do estilo de vida do rock and roll. Aliás, é fácil se deixar levar pela imagem glamourosa e divertida, mas ‘Coming Down Again’ é um lembrete de que o preço dessa vida pode ser alto. No final das contas, é preciso lembrar que, mesmo sendo um clássico do rock, essa música é sobre um ser humano comum lidando com suas próprias lutas internas.
5 – ‘Walk on Down’ – Aerosmith
Então, é impossível falar sobre clássicos do rock sem mencionar o Aerosmith, uma das bandas mais icônicas da história do gênero. E um dos seus grandes hits, que muitas vezes é esquecido pelos fãs, é ‘Walk on Down’. Esta música foi lançada no álbum Get a Grip de 1993, e é uma das faixas em que o guitarrista Joe Perry assume o vocal principal.
Portanto, ‘Walk on Down’ é uma música que não apenas mostra o talento de Perry como vocalista, mas também traz influências clássicas do rock, como The Yardbirds. Enquanto a banda estava em uma fase mais pop com hits como ‘Cryin’ e ‘Amazing’, esta música traz de volta a energia e a entrega que fez do Aerosmith um nome tão respeitado na indústria musical. Embora nunca substitua o lendário Steven Tyler, ‘Walk on Down’ é uma prova de que Perry também é um talento inegável e que o rock clássico sempre terá seu lugar.
6 – ‘Mankind’ – Pearl Jam [ clássicos do rock ]
No início dos anos 90, o Pearl Jam já estava enfrentando alguns problemas, mesmo que o grunge ainda estivesse em alta. A banda estava enfrentando uma batalha contra a Ticketmaster e tentando ser cada vez mais excêntrico em seus álbuns, como Vitalogy. No entanto, em No Code, eles foram além, com Stone Gossard tendo a oportunidade de mostrar suas habilidades vocais em ‘Mankind’.
Entretanto, apesar das preocupações da banda, ‘Mankind’ é uma das poucas faixas em No Code que traz otimismo e um som mais leve. Com uma entrega diferente do que se espera de um disco do Pearl Jam, Gossard oferece uma sensação quase new-wave que ajuda a dar vida à música. E, embora sua voz não seja tão potente quanto a de Vedder, isso funciona perfeitamente no contexto, trazendo um novo tom à música e mostrando que a banda ainda poderia se divertir e se reinventar, mesmo em um momento de baixa.
Em resumo, ‘Mankind’ é um dos muitos clássicos do rock do Pearl Jam, mostrando a habilidade da banda em criar músicas atemporais que se destacam por sua originalidade e capacidade de surpreender o público. E, mesmo que a banda tenha enfrentado alguns problemas na época, eles conseguiram superar isso e produzir uma das melhores faixas do álbum No Code.
7 – ‘Cold Dark World’ – Weezer
A história do Weezer é uma montanha-russa que tem altos e baixos, mas é inegável que eles produziram alguns clássicos do rock durante sua carreira. The Red Album pode ser considerado um caso estranho no catálogo da banda, já que se encontra entre dois de seus discos mais controversos. Porém, este álbum foi um verdadeiro laboratório para a banda, onde eles experimentaram novas sonoridades, tanto para o bem quanto para o mal. Apesar de alguns críticos terem torcido o nariz para a música ‘Troublemaker’, as partes mais interessantes do álbum são quando Rivers Cuomo não está cantando.
Na segunda metade do álbum, cada membro da banda assume a liderança em uma música. É em ‘Cold Dark World’ que o baixista Scott Shriner apresenta sua melhor proeza vocal. A música começa como um simples exercício de aquecimento, mas acaba se tornando uma bela canção de amor, onde Shriner mostra uma entrega que impressiona. Embora a participação vocal de Cuomo seja ouvida nos backing vocals, é a voz de Shriner que brilha e se funde perfeitamente com a de Cuomo, dando uma dimensão mais profunda à música. Esse é um exemplo de como o Weezer assumiu riscos e conseguiu compensar, mesmo com todas as experimentações que aconteceram em outros discos.
8 – ‘Medicine Jar’ – Wings
Quando Paul McCartney deixou os Beatles, muitos questionaram sua escolha de formar uma nova banda. No entanto, os Wings logo se destacaram como uma das bandas de rock mais populares dos anos 70. Entretanto, a marca ‘Paul McCartney e Wings’ deixava claro quem estava no comando, apesar da participação de outros membros na composição das músicas. Com o sucesso do álbum Band on the Run, McCartney decidiu dar mais espaço para os outros vocalistas da banda.
Denny Laine já estava presente nos Wings desde o começo. Mas é em Jimmy McCullough que encontramos a melhor performance vocal não-Paul em um álbum da banda. Na música ‘Medicine Jar’, McCullough trouxe uma energia contagiante ao combinar o boogie rock com um estilo técnico de guitarra. Aliás, sem deixar de lado as letras sérias sobre os perigos do uso de drogas no mundo da música. Infelizmente, a vida imitou a arte quando McCullough morreu de overdose pouco depois do fim dos Wings. A música é um exemplo de como a banda se destacava por sua atitude no rock, mesmo que em algumas vezes de forma sombria.
9 – ‘In the Cold Cold Night’ – The White Stripes
Desde que The White Stripes surgiu, os fãs criticaram injustamente o papel de Meg White na banda. Muitos consideram que seus preenchimentos de bateria são muito simples se comparados aos de Jack White, o líder da banda. Entretanto, isso sempre foi a intenção, criando uma sensação infantil e de capricho em cada uma de suas músicas. Além disso, Meg era capaz de mostrar um lado mais sombrio quando queria.
Portanto, ‘In the Cold Cold Night’ é uma das gravações mais assombradas do White Stripes, e é impulsionada pelo riff de violão simples e morto de Jack, enquanto Meg canta sobre ser deixada no frio e perguntando se alguém virá ajudá-la. Embora haja poucos elementos na música, a atmosfera que ela cria é muito mais interessante do que os instrumentos. Acima de tudo, é quase como se o ouvinte estivesse na trilha com Meg, tentando fazer um caminho na neve ao luar, esperando por ajuda que nunca vem. Infelizmente, a música acaba antes que saibamos se alguém realmente aparece, deixando-nos na dúvida se ela ainda está no frio até hoje.
Em resumo, a música de Meg White é fundamental para o som característico do The White Stripes, mesmo que muitas vezes ela seja subestimada. Suas batidas simples e sua presença na banda contribuíram para criar uma atmosfera misteriosa e infantil que é única no mundo do rock. E ‘In the Cold Cold Night’ é um exemplo perfeito de como Meg era capaz de dar à banda um tom mais sombrio e intenso quando necessário.
10 – ‘Liquid State’ – Muse [ clássicos do rock ]
Muse é uma banda que sempre soube como impressionar seus fãs. Com um vocalista de destaque, Matt Bellamy, a banda tem sido uma presença constante nas arenas de rock ao longo dos anos.
A voz de Bellamy é uma mistura igual de Freddie Mercury e Thom Yorke, e sua abordagem teatral para o canto é simplesmente magnífica. Com sua entrega impressionante, ele tem levado a banda a novos patamares, tornando-se um clássico do rock por direito próprio. Mesmo quando o progresso está em jogo, Bellamy nunca fica em segundo plano. Ele é a alma da banda, e sempre será.
Clássicos do Rock sempre apresentam bandas que foram capazes de deixar suas marcas na história da música. O Muse é um desses clássicos, e a voz icônica de Matt Bellamy é o seu ponto de referência. Ainda assim, é importante lembrar que a banda é composta por três músicos excepcionais, cada um trazendo algo único para a mesa. O Muse é uma experiência completa, uma mistura perfeita de habilidade e emoção, tornando-se uma das bandas mais amadas e admiradas de todos os tempos.