10 clássicos do rock que foram reverenciados no passado mas hoje em dia… nem tanto
10 clássicos do rock que foram reverenciados no passado mas hoje em dia… nem tanto

10 clássicos do rock que foram reverenciados no passado mas hoje em dia… nem tanto

O que torna os clássicos do rock em músicas lendárias? Esse é um questionamento que tem intrigado fãs de música ao longo dos anos. Nem todas as canções que são reverenciadas como clássicos do rock resistem ao teste do tempo.

Às vezes, artistas conquistam um status de boa vontade entre críticos e massas, permitindo que canções horríveis se tornem obras-primas. Portanto, vamos explorar alguns desses supostos clássicos do rock que, em retrospecto, revelam-se como verdadeiras bombas musicais.

1 – ‘It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)’ – The Rolling Stones

Recentemente, Paul McCartney fez críticas aos Rolling Stones, não se limitando a chamá-los de uma banda cover de blues. Ele também enfatizou que a rede dos Beatles era mais ampla do que a dos Stones. E, se analisarmos músicas como ‘It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)’, podemos entender o argumento de McCartney. Embora nem todas as canções de rock ‘n’ roll precisem ter a profundidade poética de uma obra atemporal, essa faixa dos Stones soa repetitiva, com um riff cansado e uma abordagem que lembra o lado mais camp de Cats The Musical.

Por outro lado, ‘Start Me Up’ exemplifica o lado positivo do rock ‘n’ roll superficial. É uma música divertida e contagiante que faz nossos dedos batucarem involuntariamente, ativando algum lugar no genoma humano e liberando uma dose de serotonina. Já ‘It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)’ é exatamente o oposto, acionando um gene de enxaqueca em ação com efeito prolongado, ao mesmo tempo em que reduz a própria banda a uma paródia de si mesma. Podemos afirmar que é uma música espinhal de qualidade duvidosa.

2 – ‘Lily, Rosemary and the Jack of Hearts’ – Bob Dylan

A principal falha de ‘Lily, Rosemary and the Jack of Hearts’ é que ela prejudica a qualidade geral do álbum Blood on the Tracks. Essa falha não existiria se houvesse uma intervenção divina para remover o som desagradável e desafinado da gaita de boca presente na música.

Apesar disso, a faixa possui um ritmo animado que poderia fazer qualquer pessoa bater os pés. No entanto, em contraste com o restante do álbum, o som estridente e desordenado da gaita acaba se tornando um ataque desnecessário aos nossos sentidos. Bob Dylan já expressou sua surpresa em relação à reação entusiasmada das pessoas em relação a essa música, questionando como alguém pode apreciar esse tipo de som doloroso. Embora seja uma das melhores faixas da lista por ser de autoria de Bob Dylan, se fosse possível eliminar o som irritante da gaita por meio de inteligência artificial, muitos de nós ficaríamos aliviados

3 – ‘Money’ – Pink Floyd [ clássicos do rock ]

‘Money’ é uma música que tenta reinventar o riff do reggae, mas acaba soando tão atraente quanto corrigir palavras com tippex enquanto você as lê. Com uma base sonora cansativa e esparsa, a música parece destacar a letra como ponto positivo. No entanto, é decepcionante que as letras sejam tão perspicazes quanto um guia do século XVI sobre casamento feliz do Rei Henrique VIII. Um exemplo claro é o verso repetitivo e vazio: “I was in the right / Yes, absolutely in the right / I certainly was in the right / Yeah, I was definitely in the right / That geezer was cruisin’ for a bruisin’ / Yeah!” – Em português: “Eu estava certo / Sim, absolutamente certo / Eu certamente estava certo / Sim, eu definitivamente estava certo / Aquele velho estava procurando uma contusão / Sim!”

Além disso, ‘Money’ segue uma política de produção que torna a introdução de Dark Side of the Moon quase inaudível nos tempos modernos. Desculpem-me, rapazes, mas o dinheiro está apertado demais no momento, e não tenho tempo para ficar sentado ouvindo um refrão de 35 segundos antes que a música de fato comece. Pelo menos essa abordagem enfadonha inspirou o surgimento do movimento punk, que apareceu e gritou: “Vá em frente”.

4 – ‘The Star-Spangled Banner’ – Jimi Hendrix [ clássicos do rock ]

É verdadeiramente raro que, durante o auge do movimento da contracultura, uma estrela revolucionária tenha optado por tocar o hino nacional. No entanto, mesmo que deixemos de lado as questões políticas envolvidas, ficamos com uma interpretação ensurdecedora de um trabalho contínuo e enfadonho. Alguém realmente ouve isso? Talvez seja o momento musical icônico mais discutido e menos apreciado da história.

É difícil afirmar com certeza se Jimi Hendrix foi o maior guitarrista de todos os tempos, mas é inquestionável que ele estava entre os melhores. No entanto, a partir dessa posição privilegiada, ele também provou uma coisa: todos nós temos nossas falhas. Apesar de todo o brilhantismo que Hendrix demonstrava em seu instrumento de seis cordas, ele ocasionalmente tropeçava e, de alguma forma, inseria notas extras em uma versão distorcida do hino nacional. Isso se tornou emblemático de sua tendência de impressionar tecnicamente sem necessariamente oferecer uma experiência musical valiosa.

5 – ‘Don’t You Worry ‘Bout A Thing’ – Stevie Wonder

Stevie Wonder é um tesouro musical que ilumina nossos dias sombrios, um verdadeiro gênio da música. No entanto, a forma como ele canta “When you check it ou-ou-ou-ou-ou-ou-ou-ou-out” em ‘Don’t You Worry ‘Bout A Thing’ me lembra daqueles momentos na adolescência em que você se sentia tão letárgico após um dia exaustivo que uma irritação chata o contagiava. A única maneira de expressar essa apatia era por meio de divagações e risadinhas irritantes de “nananana” entre irmãos, como se estivessem projetando sua letargia interna. Essa parece ser a disposição com a qual essa música surgiu; só que Wonder é um vocalista tão talentoso que quase consegue superar essa peculiaridade.

Esse é o som presente nessa música – o ritmo do samba pode disfarçá-lo – mas ‘Don’t You Worry ‘Bout A Thing’ é como um retrato sonoro de uma crise de açúcar. E isso se torna contagioso. Essa faixa pode passar despercebida se for tocada em um bar à beira da piscina em Maiorca, mas se você ouvir o saudoso Wonder lamentando: “Não se preocupe com uma coisa-ing-ing-ing-ing-ing-ing-ing-ing x 4” com uma ressaca em um dia chuvoso, ela transformará suas células cerebrais em uma melancolia crônica, dando-lhe muito com o que se preocupar.

6 – ‘Imagine’ – John Lennon

John Lennon, ao se referir ao seu clássico, afirmou que “açucarou” o comunismo. No entanto, essa abordagem excessivamente doce parece ter resultado em um efeito contraproducente, encorajando o cinismo mesmo entre as crianças de sete anos que ele pretendia inspirar. Apesar da pungência instantaneamente reconhecível alcançada por Lennon em seu Steinway de £ 1.000 – um arranjo capaz de transformar qualquer mantra em um status icônico -, as palavras clichês que se seguem comprometem a força da mensagem.

Ao comentar sobre o talento de Lennon em combinar profundidade com melodias pop perfeitas, David Bowie destacou sua habilidade de explorar ideias vanguardistas, aplicando-as de forma funcional, mesmo estando fora do que era considerado mainstream. No entanto, neste caso, Lennon teve uma ideia inovadora, mas parece ter subestimado a inteligência do público, tratando-os como se fossem ingênuos.

Como resultado, seu hino da paz alcançou pouco além de se tornar uma vaca leiteira comercial aleijada de ironia artrítica. A doçura excessiva desse clássico revela uma falta de sinceridade e realismo humanizado, perceptível até mesmo pelas crianças em idade escolar, tornando-se um ponto fraco em uma execução angelicalmente realizada.

7 – ‘Bohemian Rhapsody’ – Queen [ clássicos do rock ]

A música ‘Bohemian Rhapsody’ do Queen tem sido objeto de discussões acaloradas em relação à sua abordagem de composição e execução. Alguns a consideram um trabalho inovador, enquanto outros apontam falhas em sua estrutura e narrativa. Apresentando elementos de uma ópera rock, a faixa é marcada por uma composição complexa e uma fusão de estilos musicais. No entanto, há críticas em relação ao excesso e à falta de coesão narrativa, resultando em uma experiência auditiva desconcertante para alguns ouvintes.

Embora a música apresente momentos brilhantes, como o virtuoso solo de guitarra e a poderosa interpretação de Freddie Mercury, seu formato fragmentado e a falta de uma narrativa clara deixam uma sensação de insatisfação em relação ao significado geral da obra. A abordagem grandiosa adotada pelo Queen em ‘Bohemian Rhapsody’ é vista por alguns como uma manifestação do estilo pomposo que caracterizava o hair rock da época. Essa tendência exagerada, embora possa ter sido intencional, divide opiniões sobre o valor artístico da música.

8 – ‘High and Dry’ – Radiohead

Quando se trata de música, há aquelas composições que dividem opiniões e provocam reflexões sobre sua popularidade. É o caso dessa faixa em questão, descrita como um exercício brando e irritante, com uma marcha sentimental de acordes apaticamente dedilhados que culminam em um refrão penetrante. Comparada a bandas como Travis e Coldplay, ela desperta curiosidade sobre o motivo de ter conquistado tantos ouvintes.

A voz estridente e o tom melancólico da música são reminiscentes de Tiny Tim, o famoso cantor dos anos 60 conhecido por sua abordagem peculiar. Até mesmo Liam Gallagher, vocalista da banda Oasis, criticou a autocomiseração presente nas músicas dos anos 90, declarando que seus ouvidos doíam ao ouvir tais lamentações. Com essas referências em mente, surge a indagação: por que essa faixa em particular se tornou tão popular? É uma questão que certamente intriga os apreciadores da música e merece ser explorada em maior profundidade.

9 – ‘Girls & Boys’ – Blur [ clássicos do rock ]

A faixa ‘Girls & Boys’ nos leva a um estado de desconforto auditivo comparável a uma criança em pleno ataque de raiva no meio de uma ressaca. É como se estivéssemos testemunhando uma cena de um documentário, onde um viajante na Amazônia enfrenta o horror de ter uma berne se alojando em sua pele e depositando seus ovos. A sensação de coceira insuportável e a perturbadora percepção dos vermes rastejando sob a pele encontram um equivalente sonoro nas vocalizações afetadas de Damon Albarn, o vocalista do Blur, sobre essa atrocidade musical.

Considerado um dos maiores clássicos do Britpop, ‘Girls & Boys’ parece amplificar a dor, causando dores de cabeça e até mesmo náuseas. Embora possa capturar o espírito dos britânicos embriagados no exterior, isso não justifica o ataque de elementos desagradáveis que essa música proporciona. Seu impacto negativo é tão óbvio que desafia a compreensão de por que ela conquistou tamanho status em sua época.

10 – ‘I Want to Hold Your Hand’ – The Beatles [ clássicos do rock ]

É difícil não se sentir um pouco triste ao considerar o fato de que ‘I Want to Hold Your Hand’ é o single mais vendido dos Beatles. Seu som característico com faixas muito superiores, como ‘Love Me Do’, e sua progressão musical é óbvio em ‘Please Please Me’. Portanto, esse sombrio e simplório hit não pode ser uma parte vital do início pop da banda. É meramente um golpe, uma sombra do potencial que eles já haviam demonstrado, e como single, sempre pareceu tão sagrado quanto um aperto de mão de um proprietário.

No passado, essa música foi classificada como a segunda melhor dos Beatles por algumas paradas famosas, o que é completamente desconcertante para muitos de nós que a enxergamos com uma perspectiva crítica. É uma canção morna e insípida, que não tem nada a dizer além do que qualquer adolescente de 14 anos poderia expressar com cinco acordes e uma aversão à sinceridade. Além disso, sua falta de qualidade parece ter afetado a banda posteriormente, já que John Lennon ansiava desesperadamente abandonar esse tipo de música fácil em seu trabalho solo. E isso sem mencionar a mixagem de má qualidade que coloca os vocais em um volume excessivamente alto. A melhor maneira de avaliar a qualidade dessa faixa é imaginar que pertence uma banda há muito esquecida. Se assim fosse, estaríamos hoje considerando retrospectivamente essa música como uma obra-prima? A resposta é altamente improvável.

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